Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Vinche, Adriele Dandara Levorato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153001
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Resumo: |
A paracoccidioidomicose (PCM) é micose granulomatosa sistêmica causada por fungos termodimórficos do gênero Paracoccidioides. O presente estudo teve como objetivos avaliar a atividade da liriodenina, extraída de Annona macroprophyllata Donn. Sm, sobre isolados clínicos e cepas padrão de fungos do gênero Paracoccidioides e outras espécies que causam micoses sistêmicas e, através de um estudo-piloto realizado em modelo murino, avaliar a absorção da liriodenina e possíveis efeitos indesejáveis. A concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) da liriodenina foram determinadas pelo método de microdiluição. As alterações celulares causadas pela liriodenina em P. brasiliensis / cepa padrão Pb18 foram avaliadas pela microscopia eletrônica de transmissão (MET) e de varredura (MEV). Em estudo-piloto, quatro camundongos isogênicos albinos, da linhagem BALB/c, foram utilizados para avaliar a absorção e os efeitos indesejáveis da liriodenina. Os animais, sem infecção, foram divididos em dois grupos: grupo 1, com dois camundongos que receberam a dose de 0,75 mg.kg-1 e grupo 2, com dois camundongos que receberam a dose de 1,50 mg.kg-1, em única tomada. Após seis e 12 horas após a administração, os animais foram sacrificados e amostras de sangue foram coletadas para a determinação dos níveis séricos. Os intestinos foram coletados para exame histológico. O teste de sensibilidade in vitro revelou que a liriodenina possui atividade sobre parte dos fungos do gênero Paracoccidioides, com valores de CIM entre 31,2 e 250 μg.mL-1 e sobre a cepa padrão de Histoplasma capsulatum (CIM de 1,95 μg.mL-1). No entanto, menor atividade foi observada em leveduras da maioria das espécies de Candida ensaiadas, com CIM de 125 a 250 μg.mL-1, e maior atividade sobre as cepas padrões de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii (CIM de 62,5 μg.mL-1), enquanto a cepa de Aspergillus fumigatus revelou-se resistente à maior concentração de liriodenina. Deve-se ressaltar a atividade da liriodenina sobre Candida krusei, que é intrinsecamente resistente ao fluconazol e, ao contrário, a ausência de atividade sobre Candida tropicalis. A liriodenina revelou ter atividade fungicida sobre todas as cepas padrão e isolados clínicos que foram inibidos in vitro. A MET revelou alterações citoplasmáticas e danos na parede celular de P.brasiliensis. O estudo-piloto revelou que, após 12 horas da administração da liriodenina, os animais que receberam a dose de 1,50 mg.kg-1 apresentavam gases intestinais e distensão abdominal, achados não observados nos que receberam 0,75 mg.kg-1. Os exames histológicos não evidenciaram alterações de intestino com nenhuma das doses empregadas. Níveis séricos de liriodenina foram detectados em ambos os grupos de animais. No entanto, os animais que receberam 0,75 mg.kg-1 de liriodenina apresentaram aumento da concentração com o passar do tempo, enquanto achado oposto foi observado nos que receberam 1,50 mg.kg-1. Os testes de sensibilidade in vitro indicaram que a liriodenina é uma alternativa promissora no tratamento de várias micoses sistêmicas. O estudo-piloto revelou que a liriodenina é absorvida após administração por gavagem, embora a dose de 1,50 mg.kg-1 tenha induzido alterações funcionais, caracterizadas por formação exagerada de gases e conseqüente distensão abdominal, que talvez possam explicar a diminuição de sua absorção. Os resultados do presente estudo estimulam a realização da avaliação da farmacocinética da liriodenina, de sua ação antifúngica em maior número de isolados de espécies de Candida spp, Cryptococcus spp, Histoplasma capsulatum e fungos do gênero Paracoccidioides e de sua eficácia em infecções experimentais em modelo murino. Por se tratar de composto antifúngico não pertencente às classes hoje utilizadas na terapia antifúngica, pode vir a contribuir com o tratamento de pacientes com infecções fúngicas resistentes. |