Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Lucas Domingos Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152260
|
Resumo: |
Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de leveduras vivas e monensina sódica, em associação ou não, no desempenho produtivo, características de carcaça, perfil sanguíneo, comportamento ingestivo, seletividade da partícula e saúde ruminal em bovinos Nelore terminados em confinamento. Foram utilizados 77 animais machos não castrados, com peso vivo médio inicial de 353,23 ± 34,89 kg e provenientes de recria em sistema de pastejo contínuo. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em arranjo fatorial 2x2, sendo os fatores a inclusão de monensina ou leveduras vivas, e todos os tratamentos receberam a mesma dieta diferenciando apenas na inclusão dos aditivos. Cada tratamento foi composto por 6 baias (3 a 4 animais/baia), sendo estas consideradas as unidades experimentais para este estudo. O período experimental foi de 90 dias com adaptação em step up, aumentando o nível de concentrado da dieta de 67 até 87% na dieta de terminação. Os resultados foram avaliados por meio do procedimento MIXED do SAS, sendo considerado significativo P<0,05. Houve efeito significativo na ingestão de massa seca para os animais do tratamento monensina (P<0,01), assim como na conversão e eficiência alimentar (P=0,03 e P=0,02, respectivamente) quando comparados aos tratamentos sem monensina. A levedura por sua vez não proporcionou diferença nos parâmetros de desempenho produtivo e não houve interação entre os aditivos. Os animais que receberam monensina apresentaram menor flutuação de consumo (P<0,01) e maior energia líquida de ganho (P<0,01). O perfil sanguíneo dos animais tratados com monensina diferiu significativamente dos tratamentos sem monensina nos parâmetros pressão de O2 (P=0,01), total de CO2 (P=0,03) e bicarbonato (P=0,04), enquanto a levedura proporcionou menor lactato sanguíneo (P<0,01). Não houve interação entre aditivos ou entre aditivos e fases, no entanto houve diferença significativa entre as fases de adaptação e terminação para praticamente todos os parâmetros avaliados (P<0,01), exceto para pH, pressão de O2 e saturação de O2. Houve interação entre monensina e fase no comportamento ingestivo, para os parâmetros tempo de alimentação e tempo de ócio. Houve interação entre fornecimento de leveduras e fase nos parâmetros de seletividade de partículas, nas peneiras 1 e 2. Para os parâmetros de saúde ruminal, os animais dos tratamentos com monensina apresentaram maior índice de rumenites (P<0,01) e melhores resultados para área média das papilas (P=0,01), área de superfície absortiva (P<0,01), representatividade da participação das papilas na área de superfície absortiva (P<0,01) comparado com os tratamentos sem monensina. Não houve interações ou efeito do uso de levedura nos parâmetros de morfologia ruminal. Na avaliação da histologia ruminal, a monensina proporcionou maior largura das papilas (P=0,03), menor espessura de queratina (P<0,01) e maior índice mitótico (P=0,03) em comparação aos animais controle. Os tratamentos com levedura obtiveram maior largura de papilas (P=0,03) e menor índice mitótico (P<0,01). Houve interação para área média das papilas (P=0,01). Os resultados deste estudo demonstram que as leveduras vivas podem ser uma alternativa em confinamentos de bovinos Nelore quando mercados mais exigentes não permitirem a utilização de ionóforos. |