Poder, governo e subjetividade: uma incursão pelo trabalho genealógico de Michel Foucault da década de 1970

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Brunasso, Daniel Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254819
Resumo: Esta dissertação é o resultado de um esforço em analisar como a constituição de subjetividades foi pensada no trabalho genealógico de Foucault situado na década de 1970. Partimos de uma caracterização de alguns traços constitutivos da atividade genealógica e, em seguida, baseando-nos fundamentalmente em Vigiar e punir e A vontade de saber, apontamos como o sujeito moderno aparece enquanto efeito de tecnologias de saber e poder, especificamente da tecnologia disciplinar e do dispositivo de sexualidade. Por último, fazemos uma primeira incursão no campo da genealogia das artes de governo elaborada pelo filósofo a partir de 1978. Neste caso, acompanhamos o desenvolvimento de parte do curso Segurança, território, população, observando a introdução de novas ferramentas teóricas tais como a de dispositivos de segurança, governamentalidade, poder pastoral e contracondutas. A título de conclusão, ressaltamos que a compreensão do exercício do poder como sendo da ordem do governo, enquanto condução de condutas – valendo-se da ambiguidade do termo conduta (conduzir os outros, deixar-se conduzir, conduzir a si próprio) – consiste num primeiro ensejo do deslocamento da ênfase das pesquisas de Foucault para o campo da ética no qual tratou de mapear outras modalidades históricas de relação consigo, com os outros e com a verdade.