Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Trovo, Maria Caroline [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/106232
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Resumo: |
O final da década de 1950 marca o início do percurso que levou ao desenvolvimento do teatro épico de Bertolt Brecht no Brasil. No ano de 1958,a primeira encenação profissional do dramaturgo alemão e o sucesso da apresentação de Eles não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, no Teatro de Arena, levaram à criação do Seminário de Dramaturgia do Arena, aos estudos da obra de Brecht e à apropriação dos procedimentos artísticos brechtianos. Por sua vez, os Centros Populares de Cultura (CPC), criados em 1962 e extintos pelas forças militares em 1964, foram fortemente influenciados pela teoria e prática teatral brechtiana. O direcionamento da cena teatral brasileira ao teatro épico coadunou-se com o movimento ascensional das massas do início dos anos 1960 e à perspectiva de transformação social via revolução socialista. O golpe militar de 1964, no entanto, que interrompeu a mobilização política do início da década e pôs em refluxo a agitação cultural, teria retirado a perspectiva empírica de transformação que embasava o teatro épico de Brecht e tornado-o obsoleto. Portanto, nos anos 1990, no contexto de retomada do teatro político, coloca-se a questão da atualidade de Brecht, da potência crítica de suas técnicas artísticas, como o efeito de distanciamento. O presente trabalho, nesse sentido, analisa a peça Ópera dos Vivos. Estudo Teatral em Quatro Atos, da Companhia do Latão, grupo teatral paulistano que se propõe a efetivação de um teatro épico brechtiano, como ponto de partida da discussão da atualidade do dramaturgo na sociedade brasileira contemporânea |