Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Farah, Rosane Fernanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243597
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Resumo: |
A tartaruga-verde Chelonia mydas possui ampla distribuição geográfica, desde os trópicos até as zonas temperadas, sendo uma espécie que, dependendo da fase de vida, pode apresentar hábitos costeiros e oceânicos, utilizando inclusive estuários, além de possuir uma dieta variada ao longo de sua vida. Ao atingirem a fase juvenil, ocorre a mudança do habitat e da alimentação, retornando à zona litorânea, onde passam a ter uma dieta preferencialmente herbívora. Tais hábitos alimentares fazem com que os espécimes, principalmente juvenis, fiquem mais próximos à costa, contribuindo para o elevado número de encalhes no litoral brasileiro. O objetivo deste estudo foi analisar e identificar o conteúdo gastrointestinal de exemplares de tartarugas-verdes encalhadas na Baixada Santista (São Paulo), a fim de descrever sua dieta e identificar conteúdos de procedência antrópica, assim como avaliar suas correlações com as suspeitas clínicas e exames de necropsia. Durante o exame anatomopatológico, todo o conteúdo gastrointestinal (TGI) foi coletado, pesado e lavado, sendo posteriormente analisado quali e quantitativamente. Foram coletados no período de 01 de junho de 2021 a 01 de junho de 2022, 254 animais, porém apenas 156 passaram por análise, sendo em sua maioria, fêmeas, juvenis, com maior índice de encalhe no inverno. Foram identificados predominantemente três grupos de algas (verdes, vermelhas e pardas), propágulos de mangue e conteúdos de origem vegetal, além de peixes e invertebrados, confirmando a importância da região como área de alimentação. Foram quantificados 1.424 fragmentos de resíduos sólidos em 71,15% dos animais, os quais foram classificados em 13 tipos e 13 cores, sendo o plástico flexível e a cor transparente os mais frequentes. A ingestão desses itens resulta em uma condição nutricional ruim. Além disso, a causa mortis apresentou associação significante com a ingestão de linha de pesca mono e multifilamento, bem como de plástico rígido. Ainda existem lacunas sobre os aspectos ecológicos e biológicos dessa espécie, especialmente na Baixada Santista, no entanto este trabalho contribuiu com a promoção de dados científicos estratégicos para serem utilizados em políticas públicas de conservação. |