Efeitos neuroprotetor e regenerativo do selante de fibrina derivado da peçonha de serpente combinado com células tronco mononucleares após reparo do nervo isquiático de ratos neonatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Biscola, Natalia Perussi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136427
Resumo: A realização de reparos eficientes em lesões do sistema nervoso é um desafio para a medicina. O uso de modelos experimentais bem estabelecidos permite a avaliação de diferentes tratamentos a fim de prevenir as lesões causadas. O presente estudo investigou o potencial neuroprotetor e regenerativo de células tronco mononucleares da medula óssea (CTMMO), após reparo com selante de fibrina derivado da peçonha de serpente sobre neurônios motores e sensitivos, em ratos neonatos submetidos à axotomia do nervo isquiático. Para isso, os animais foram divididos em seis grupos: Grupo I (AX): axotomia do nervo isquiático sem tratamento; Grupo II (AX+SF): axotomia do nervo isquiático, seguida de reparo término terminal com selante de fibrina produzido pelo Centro de Estudos de Venenos de Animais Peçonhentos (CEVAP); Grupo III (AX+SF+CTMMO): axotomia do nervo isquiático, seguida de reparo término terminal com selante de fibrina do CEVAP e tratamento com CTMMO; Grupo IV (AX+CTMMO): axotomia do nervo isquiático, seguida de tratamento com CTMMO; Grupo V (AX+SFC): axotomia do nervo isquiático, seguida de reparo término terminal com selante de fibrina comercial; Grupo VI: Controle sem lesão (teste motor). Os animais foram analisados 4, 8 e 12 semanas após a lesão. Foram realizadas as técnicas de citometria de fluxo para caracterização das CTMMO; imunoistoquímica para verificação da cobertura sináptica, gliose reativa e resposta microglial; coloração de Nissl para sobrevivência neuronal; morfometria do nervo isquiático, para verificar a regeneração nervosa; morfometria da medula espinal, para avaliar os inputs sinápticos, além dos testes motor (Catwalk) e sensitivo (von Frey), para avaliar a melhora funcional e nociceptiva. Testes ANOVA, seguido de pós-teste Bonferroni foram utilizados para análises estatísticas. O reparo com selante resultou em preservação da cobertura sináptica e aumento significativo da sobrevivência neuronal nos grupos em que o reparo foi realizado apenas com os selantes, ou quando foi associado com as CTMMO (aproximadamente 54%), comparativamente aos grupos em que não foi utilizado selante (aproximadamente 32%), em todos os períodos analisados. As reatividades astroglial e microglial diminuíram nos mesmos grupos (AX+SF, AX+SF+CTMMO e AX+SFC), 4 semanas após a lesão. Além disso, o reparo possibilitou a regeneração axonal, resultando em maior número de fibras nervosas, com diâmetro e espessura da bainha de mielina próximas ao controle e neurônios com preferência por terminais inibitórios no momento de recuperação. Consequentemente, os animais apresentaram recuperação funcional e sensitiva. Portanto, os resultados apresentados sugerem que o reparo do nervo isquiático com selante de fibrina em ratos neonatos resulta em neuroproteção e regeneração de neurônios motores e sensitivos, sendo que não foram detectados benefícios adicionais com a terapia celular empregada.