Formas, fórmulas e fuzis: tensões entre representação literária, indústria cultural e a realidade dos anos 1970 em Ivan Angelo e Sérgio Sant'Anna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sartorelli, Miquéias Estevão de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153092
Resumo: À luz do esgotamento de formas realistas na literatura moderna do ocidente e de sua reincidência como um programa estético dominante no contexto latino-americano, o presente trabalho debruça-se sobre dois contos brasileiros situados nos anos 1970. Nesse sentido, um de seus objetivos maiores é destacar em “A casa de vidro” (1979), de Ivan Angelo, e em “Notas de Manfredo Rangel, repórter (a respeito de Kramer)” (1973), de Sérgio Sant'Anna, ambos inseridos em livros homônimos, os momentos de ruptura com certa persistência de obras de fundo particularista e de formato documentário, desde os tempos de formação de nossa literatura até hoje. As análises dos dois contos aqui desenvolvidas procuram ancorar-se no material crítico nacional e estrangeiro, assim como centralizar os pontos de contato entre arte, mercado e política. Conduzida por esses norteadores, esta pesquisa ainda examina conteúdos mais pontuais colocados pela própria especificidade das narrativas. Em Ivan Angelo, ela sublinha os impasses da representação literária e de uma modernização conservadora, além de detectar aproximações e filiação ao gênero distópico. Já em Sérgio Sant'Anna, os limites da linguagem e o diálogo com o jornalismo configuram dois eixos importantes. No geral, discute um conjunto de questões de grande relevância para o contexto da década de 1970, mas não deixa de observar seus ecos na literatura pós-ditadura e contemporânea.