Especulações em Sérgio Sant\'Anna: relações dialógicas com a filosofia nietzscheana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Arneiro, André Luis de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-07102011-100349/
Resumo: Essa pesquisa tem por objetivo verificar na obra de Sérgio SantAnna uma possível ruptura com a tradição literária que chegou ao seu tempo, a década de 1970. Observamos que nesse período havia uma forte tendência a uma literatura de reportagem, aos relatos de costumes, apontando diversas formas de violência na sociedade e as crises familiares. Essa é a literatura que chegou com a herança do Realismo, que exercia essas práticas na ficção, e, agora, na literatura contemporânea, podemos encontrá-las nos textos de Dalton Trevisan e José Louzeiro, por exemplo. Mas Sérgio SantAnna demonstra enveredar por outros caminhos, os das especulações. Ao invés de produzir essa literatura mais interessada no reflexo do social, com ação narrativa, SantAnna parte para os palcos interiores, realizando uma literatura mais cerebral, que questiona ainda, sim, os valores instituídos no social, mas o faz explorando estilos de escrita, flutuando pelos gêneros de discursos tornando-os literários, expondo as engrenagens do narrar. Com esse panorama, podemos pensar à luz de Nietzsche, filósofo que rompeu com a tradição filosófica que chegou ao seu tempo, e pensava a arte como forma de transvalorar os padrões estabelecidos, os valores estipulados, e via na arte uma nova possibilidade de estilo de vida. Assim, aprofundamos com Deleuze e Foucault o conceito nietzscheano de Vontade de Potência enquanto Arte, para estabelecermos um diálogo entre a literatura e a filosofia. Onde encontramos Sérgio SantAnna: um escritor conceitual.