A percepção de regras escolares entre alunos e professores do ensino fundamental II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Parra, Andressa Carolina Scandelai
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181210
Resumo: A construção de regras é fundamental para o desenvolvimento moral, nos pautamos em estudos sobre o desenvolvimento moral infantil de Jean Piaget importante autor da área da Psicologia moral. O objetivo central foi investigar as percepções de alunos e professores do Ensino Fundamental anos finais da rede pública sobre as regras escolares e as sanções. Os objetivos específicos foram: I) analisar itens da terceira dimensão “Regras, sanções e segurança na escola” do instrumento que avalia o clima escolar; II) compreender qual a percepção de alunos e professores sobre elaboração e execução das regras; III) conhecer quais as sanções comumente mais atribuídas nas escolas. Tínhamos como hipótese que as escolas raramente possibilitam a participação dos estudantes na elaboração das regras, e ao lidar com os conflitos fazem uso de sanções expiatórias. O método adotado é do tipo descritivo e quanto à natureza dos dados é quantitativa e correlacional. Os instrumentos são questionários compostos por itens que avaliam as percepções dos sujeitos a respeito de dimensões que constituem o clima escolar, construídos de acordo com a realidade das escolas brasileiras. Para alcançar o objetivo analisamos a dimensão “Regras, sanções e segurança na escola”. Responderam aos instrumentos 1.031 alunos do Ensino Fundamental II (7º ao 9º ano) e 58 professores de quatro escolas públicas. Para a análise dos dados quantitativos foi utilizada a estatística descritiva e inferencial, com o auxílio do programa estatístico GNU PSPP free software. Os resultados indicam que 79,43% dos alunos e 74,14% dos professores afirmam que “nunca/ algumas vezes” participam da elaboração e das mudanças de regras da escola. Sobre os estudantes cumprirem as regras escolares 72,26% dos alunos disseram que “nunca/ algumas vezes” isso acontece, já os professores apenas 24,13% afirmam que essas regras não são cumpridas. Os alunos 60,92% “nunca/ algumas vezes” conhecem e compreendem as regras da escola. Sobre as sanções adotadas pelos professores perante a transgressão a alguma regra, ou envolvimento em conflito as que apareceram com maior frequência foram: encaminham para a direção 74,97% dos alunos e 55,18% dos professores afirmam que “muitas vezes/ sempre” isso ocorre. Mudam de lugar dentro da sala 64,2% dos alunos entre 36,21% dos professores “muitas vezes/ sempre” mudam os alunos de lugar; colocam os alunos pra fora 63,72% dos alunos afirmaram que “muitas vezes/ sempre”; informam a família 61,69% dos alunos disseram que “muitas vezes/ sempre” isso acontece, já os professores demostraram esse afirmativa em apenas 36,2% de suas respostas; sendo apenas 43,3% dos alunos afirmam que “muitas vezes/ sempre” são convidados a repararem os seus erros. Concluímos com a análise dos resultados que é fundamental inserir tanto na formação inicial quanto na continuada, teorias da moralidade humana, pois servem como base para compreensão do desenvolvimento moral e convivência ética na escola. Também reconhecemos a importância da equipe escolar: alunos, professores e gestores tomarem conhecimento do Clima Escolar de suas instituições, pois a partir da percepção desses integrantes é possível repensar em práticas que favorecem o desenvolvimento moral autônomo dos alunos e a qualidade da aprendizagem.