Cenários do sujeito e da escrita em Paisagem com mulher e mar ao fundo, de Teolinda Gersão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Daniela Aparecida da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94167
Resumo: Este trabalho propõe-se a verificar os procedimentos ficcionais utilizados na composição do romance Paisagem com mulher e mar ao fundo, 1982, da escritora portuguesa contemporânea Teolinda Gersão. O intuito é mostrar que essa narrativa se estrutura por meio de uma configuração múltipla de cenários e linguagens interligados, que ao se sobreporem revelam os embates do sujeito, em sua relação com o mundo, e os da escrita, em seu rompimento com a tradição romanesca e reflexão metalinguística. Essa configuração múltipla permite-nos visualizar em Paisagem, de um lado, a fragmentação do sujeito em sua relação com o mundo, o espaço opressor, a atmosfera conturbada de fatos recentes da história de Portugal, como a ditadura salazarista, a Guerra Colonial e a Revolução dos Cravos e também questões ligadas ao imaginário cultural e à identidade portuguesa. De outro lado, os cenários da escrita. Uma escrita também fragmentada – espécie de extensão ou prolongamento do sujeito - que remete a si mesma e dialoga com os procedimentos ficcionais do romance moderno (como a projeção móvel do foco narrativo e a fragmentação espácio-temporal), com outros textos e outros sistemas sígnicos, em especial a linguagem pictórica e a arquitetônica, motivada até mesmo pelas personagens Hortense (pintora) e Horácio (arquiteto)