Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Juliana Fabrícia da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/94139
|
Resumo: |
Esse trabalho analisa a presença de ecos medievalizantes na poesia de Manuel Bandeira como exercício de aprendizagem poética. Para isso, selecionamos alguns poemas de Bandeira que possuem uma vinculação mais explícita com a lírica medieval, seja pela temática, seja pela forma, embora esses ecos perpassem por toda sua produção poética. A influência decisiva da poesia medieval portuguesa é apontada pelo próprio poeta em suas cartas, crônicas e na autobiografia intelectual Itinerário de Pasárgada e se manifestam de modo exemplar nos poemas analisados neste trabalho (“Cantiga de amor”, de Mafuá do Malungo; “Canção das muitas Marias”, de Opus 10; “Cantar de amor” e “Cossante”, de Lira dos Cinquent’anos; “Solau do desamado”, de Cinza das horas; e “Rimancete” e “Baladilha arcaica”, de Carnaval). Cada um deles empreende uma relação diferente com o medieval, ora pela negação dos arquétipos da poesia antiga, ora pelo tom de homenagem. Enfatizando o modo como se realiza essa recuperação da poesia medieval, o trabalho dá destaque ao fato de que a poesia de Bandeira modula e problematiza os pressupostos de liberação do passado e do lusitanismo característicos do Modernismo de 1922. Esse gesto não se baseia em um espírito de continuidade, mas funciona como experimentação que permite a Bandeira se especializar e se singularizar dentro de um campo que destaca o caráter rítmico e profano da poesia. |