Susceptibilidade do baço canino à infecção por Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Matsui, Andresa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193127
Resumo: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma antropozoonose cosmopolita, cujo mais importante reservatório urbano do parasita Leishmania infantum é o cão. Na LV canina é descrito um quadro de imunossupressão induzida pelo parasita, que pode suprimir a resposta anti-leishmania. O fator de transcrição STAT3 é ativado para a indução da expressão de citocinas associadas a resposta imune Th2, bem como, este fator é uma peça chave para a ligação do STAT6 com genes-alvo na indução da resposta imunossupressora Th2. O baço é o principal órgão linfoide responsável pela ativação de resposta imune sistêmica, no entanto, o mesmo mantém a infecção durante todo o curso da LV. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar 27 amostras de baços de cães com LV naturalmente infectados e comparar a imunodetecção do STAT3 e do STAT6 com a densidade de macrófagos parasitados (imunomarcação) e a intensidade das lesões esplênicas. Para isto, foram utilizadas amostras de baço de 31 cães (27 amostras de cães infetados e 4 amostras de baço de cães livre de LV) provenientes do arquivo de blocos do Departamento de Patologia Veterinária, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Unesp, campus de Jaboticabal. As amostras foram divididas nos grupos de animais controle (GC), assintomático (GA) e sintomático (GS). Os cães do grupo GS, seguidos de GA apresentaram inflamação granulomatosa, com macrófagos parasitados ou não predominantemente em polpa vermelha. Também houve a redução da área da polpa branca, rarefação linfoide e apoptose de linfócitos T. A detecção dos STATs foi observada em linfócitos e macrófagos e foi maior nos grupos infectados, exceto no grupo GS para STAT6. A imunodetecção do parasito mostrou diferenças entre os grupos GS e GA. Portanto conclui-se que STAT3 e STAT6 estavam associadas as lesões esplênicas e a presença do parasito em animais infectados. Estes fatores de transcrição podem estar contribuindo para a susceptibilidade do baço a infecção por Leishmania infantum.