Impacto da inatividade física e obesidade abdominal sobre custos com saúde entre hipertensos atendidos na Atenção Primária do SUS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bortolatto, Carolina Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155972
Resumo: Hipertensão arterial (HA) é importante problema de saúde pública devido à sua cronicidade e aos altos custos com assistência a saúde. O aumento da prevalência de HA é atribuído principalmente à inatividade física e à obesidade. Dessa forma, o objetivo do presente artigo foi analisar o efeito isolado e combinado da inatividade física (IF) e obesidade abdominal (AO) sobre os custos com saúde em hipertensos na atenção primária ao longo de 24 meses de seguimento. Os custos com saúde foram avaliados através de prontuários médicos. HA, IF e OA foram verificados por meio de avaliações. Estatística descritiva foi expressa por valores de média, desvio padrão e intervalo de confiança de 95%, foi utilizada análise da covariância, com teste post hoc de Bonferroni, o tamanho do efeito foi expresso pelo eta-square (ES-r). O nível de significância foi definido em p-valor <0,05. No baseline, a amostra foi composta por 354 pacientes, com idade acima de 50 anos. Após 24 meses, a amostra acompanhada consistiu em 167 pacientes, composta por 51 homens e 116 mulheres, com média de idade de 61,6 anos, 63,5% (n=106) dos pacientes eram hipertensos e apresentaram custo total mediano de R$ 70,30. Quando comparada com o grupo perda amostral houve diferença significativa apenas no valor de pressão arterial sistólica com p = 0.023 e condição econômica p = 0.003. Identificou-se incidência e prevalência de HA, respectivamente, de 1,8% e 65,3% ao longo de 24 meses. Modificações no nível de inatividade física e obesidade abdominal não apresentaram variância significativa nos resultados. Quanto ao efeito combinado do nível de IF e OA sobre os custos em hipertensos, o grupo obeso e inativo apresentou custos estatisticamente maiores (pvalor=0,018) quando comparado ao grupo ativo com peso normal e ao grupo obeso e inativo. Resultados levam a acreditar que apenas o efeito combinado da IF e AO aumentam os custos com saúde em pacientes hipertensos e independente do efeito isolado ou combinado da OA e IF sobre a hipertensão, ocorre à influência de outros fatores (condição econômica, sexo, idade e comorbidades), verificada na ausência de diferença significativa após os ajustes.