Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Eugênio, Débora Alberici |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214523
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Resumo: |
O Brasil é o segundo país com a maior população de animais de companhia, com aproximadamente 24 milhões de gatos, e esse setor pet segue crescendo a cada ano. Por consequência a indústria de pet food busca atender as necessidades dos animais e seus tutores, ao formular novos produtos, que visam saúde e bem-estar. Nesse estudo foi avaliada a fibra de laranja como um novo ingrediente com potenciais benefícios a saúde intestinal dos gatos. O objetivo da presente dissertação foi avaliar a inclusão de fibra de laranja (FL) nas quantidades de 1% e 3% da matéria original, em comparação com uma dieta controle (CO) negativo, sem adição de fontes de fibra, e duas dietas controle positivo, uma com 3% de polpa de beterraba (3%PBET) e outra com 1% de inulina (1%IN). Foram analisadas a digestibilidade aparente dos nutrientes e produtos de fermentação nas fezes. O experimento foi conduzido com 40 gatos adultos, sem raça definida, seguindo delineamento em blocos casualizados com 4 blocos de 10 gatos, 5 rações e 2 gatos por ração em cada bloco, totalizando 8 gatos (repetições) por ração. Cada bloco incluiu 10 dias de adaptação, seguidos de 7 dias de coleta total de fezes para o ensaio de digestibilidade e 3 dias de coleta de fezes recém eliminadas para determinação dos produtos de fermentação. Os resultados foram submetidos a análise de variância em delineamentos em blocos ao acaso e comparados pelo teste de Tukey (P<0,05). A ingestão de fibra dietética total (FDT) diferiu, sendo maior nos gatos alimentados com a dieta 3%FL, intermediária para 3%PBET e 1% FL, e menor para CO e 1%IN (P<0,05). O coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, gordura, amido e energia bruta não diferiu entre rações (P>0,05). O CDA da FDT foi maior para 1%FL em relação a dieta CO (P<0,05), sendo semelhante entre os demais (P>0,05). O pH e o escore fecal foram semelhantes entre os gatos alimentados com as rações experimentais (P>0,05). A produção de fezes (MN) foi maior nos gatos alimentados com 3%FL e 3%PBET que nos alimentados com 1%IN (P<0,05). Em relação aos produtos da fermentação, as concentrações fecais de acetato e o propionato foram maiores nos gatos alimentados com a ração 3%PBET, intermediários para 1% FL e 3% FL menores para CO e 1%IN (P<0,05). Quanto aos AGCC totais, maiores concentrações foram encontradas para 3%PBET e 3%FL do que para CO (P<0,05). A concentração da amina biogênica tiramina foi maior nas fezes dos gatos alimentados com 3%FL, intermediária em 1%FL e 3%PBET e menor para CO e 1%IN (P<0,05). No presente estudo a fibra de laranja foi fermentável e em até 3% de inclusão promoveu a formação tanto de ácidos graxos de cadeia curta quanto de tiramina pela microbiota intestinal, não interferindo na digestibilidade dos nutrientes. |