Sorgo como fonte de carboidrato em alimentos extrusados para gatos: uso de diferentes variedades e moagens e efeitos sobre a digestibilidade, produtos de fermentação, imunidade intestinal e microbiota

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Érico de Mello [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Cat
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192883
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de duas variedades de sorgo, processadas diferentemente, na palatabilidade, digestibilidade dos nutrientes, produtos de fermentação fecal e microbiota em gatos adultos. Quatro dietas com composições similares foram formuladas com milho (Mi), arroz integral (AI), sorgo vermelho (SV) ou sorgo branco (SB) como principal fonte de carboidrato. As dietas Mi e AI foram moídas apenas com peneira de 1,0 mm (média), enquanto que as dietas SV e SB foram moídas com peneiras de 0,8 mm (fina), 1,0 mm e 1,6 mm (grossa), totalizando oito dietas. O experimento foi delineado em blocos casualizados, com quatro blocos de 16 gatos, dois gatos por dieta em cada bloco, totalizando oito repetições por tratamento e 64 unidades experimentais. Após o período de adaptação, a digestibilidade dos nutrientes foi calculada pelo método de coleta fecal total e o escore fecal foi avaliado. Amostras fecais frescas foram coletadas para análise dos produtos de fermentação, medição do pH, aminas biogênicas e microbiota. Valores de P <0,05 foram considerados significativos. A palatabilidade foi maior nas dietas SV e SB na moagem média do que nas dietas Mi e AI (P <0,01), e a dieta SB apresentou maior consumo que SV (P <0,05). Para a dieta SV, a maior granulometria apresentou melhor consumo do que a menor granulometria (P <0,05). Não houve diferença significativa na digestibilidade aparente dos nutrientes entre as dietas, exceto uma redução na digestibilidade da matéria seca para a dieta SB com moagem grossa (P=0,007). A produção fecal, escore fecal e amônia foram semelhantes entre as dietas (P>0,05). O pH fecal foi menor após o consumo das dietas AI e SV e SB com moagem grossa (P<0,05). Maior produção de butirato nas fezes foi observada na dieta SB com maior granulometria (P=0,002), com potencial benefício para a saúde intestinal. A concentração de aminas biogênicas nas fezes não diferiu entre os tratamentos (P>0,05). As dietas à base de sorgos vermelho e branco em maior granulometria apresentaram menor beta diversidade que todas as dietas, com exceção do sorgo branco em granulometria média. Conclui-se que dietas com SV ou SB foram mais palatáveis do que aquelas com Mi ou AI. Com teores semelhantes de fibra, a digestibilidade, produção e o escore fecais foram semelhantes entre as diferentes fontes de carboidratos, independentemente da moagem. A maior granulometria aumentou a palatabilidade do SB e SV e o butirato fecal no SB. Entretanto, maior granulometria diminuiu a diversidade beta nas duas variedades de sorgo e Lachnospiraceae e Ruminococcaceae, famílias conhecidas por suas bactérias benéficas. SV em menor granulometria aumentou Faecalibacterium prausnitzii, uma produtora de butirato.