Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Eduardo, Wellington Ivo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152893
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Resumo: |
Existem poucos estudos a respeito da utilização de genótipos de soja resistentes no manejo de Heliothis virescens (Fabricius, 1781) (Lepidoptera: Noctuidae) e com o aumento de seu ataque nas últimas safras, eles se tornam necessários. Para isso é primordial a padronização de métodos de pesquisa para obtenção desses genótipos, assim como, estudos sobre os mecanismos de defesas e a indução de resistência dessas plantas frente ao ataque desta praga. Com isso, os objetivos deste trabalho foram avaliar metodologias de pesquisa para testes de resistência nas categorias não preferência para alimentação, não preferência para oviposição e antibiose e classificar os genótipos de soja a H. virescens em níveis de resistência; além de verificar a expressão de resistência induzida sob diferentes níveis de injúrias e tempo após as injúrias e analisar alguns possíveis mecanismos morfológicos e químicos envolvidos com a resistência constitutiva e induzida desses genótipos. Nos experimentos de metodologia de pesquisa para testes de resistência na categoria não preferência para alimentação foi possível observar que a densidade de nove lagartas recém-eclodidas e duas lagartas de seis dias de idade por genótipo e folíolos novos de plantas em estádio vegetativos foram os mais indicados para a realização dos testes de resistência com genótipos. Na categoria não preferência para oviposição, as densidades de casais liberadas por genótipo não influenciaram na diferenciação dos genótipos de soja. A quantidade de ovos por fêmea em densidades de dois casais por genótipo não diferiu das densidades de um e três casais, desta forma a densidade de dois casais foi a selecionada para os testes de resistência na categoria de oviposição com os genótipos; em relação a escolha da estrutura vegetal mais apropriada para avaliação, também não houve diferenciação entre os genótipos resistentes e suscetíveis, optando-se assim, em contar os ovos de todas as estruturas vegetais da planta nos testes posteriores desta categoria; ainda na categoria não preferência para oviposição, o estádio fenológico em que se utilizou a planta também não interferiu na diferenciação dos genótipos, adotando-se assim, utilizar para os testes posteriores plantas em estádio vegetativo pela a rapidez na obtenção e facilidade no manejo das plantas. Nos testes de metodologia de pesquisa na categoria antibiose, determinou-se a utilização da densidade de uma lagarta em recipientes de 150 ml por proporcionar maior diferenciação entre o genótipo resistente do suscetível principalmente na viabilidade de lagartas aos 12 dias e viabilidade larval total; nos testes para determinação da estrutura vegetal, determinou-se utilizar somente os folíolos por diferenciar melhor o genótipo resistente do suscetível nos parâmetros peso de lagartas aos 12 dias, viabilidade larval e peso de pupas. Com base nesses resultados foram realizados os testes de resistência constitutiva de genótipos de soja a H. virescens nas categorias não preferência para alimentação, não preferência para oviposição e antibiose, utilizando densidades de lagartas e casais, tamanho de recipiente, estrutura vegetal e plantas em estádio fenológico determinados anteriormente pelos testes de metodologia de pesquisa. Nos testes na categoria não preferência para alimentação, dentre os 26 materiais avaliados, os genótipos IAC-100, Dowling, UFUS Impacta, UFUS Capim Branco e UFUS Milionária se destacaram como vi resistentes, enquanto os genótipos BR-16, CD-208, UFUS Xavante e M8230RR foram classificados como suscetíveis a H. virescens. Esses genótipos classificados como resistentes e suscetíveis foram submetidos aos testes de resistência constitutiva na categoria não preferência para oviposição e o genótipo UFUS Impacta se destacou por expressar resistência. Na categoria antibiose, os genótipos UFUS Xavante e IAC-100 expressaram resistência a H. virescens e o genótipo CD-208 foi classificado como altamente suscetível. Nos testes indução de resistência para determinar o nível de injúria necessária para que plantas de soja fossem induzidas a expressar resistência contra H. virescens observou que todos os níveis de injúria foram suficientes para essas plantas expressarem resistência a esta praga. Determinou-se ainda que no período de 72 a 144 horas após as plantas serem injuriadas por H. virescens ocorreu a maior expressão de resistência. Para elucidar esses resultados foram realizadas análises morfológicas e químicas nas plantas, sendo possível relacionar a densidade de tricomas com a menor oviposição de H. virescens; as concentrações de fibras e lignina, assim como dos flavonoides rutina e hesperidina com a resistência constitutiva de plantas de soja; além de verificar um aumento dos compostos fenólicos com o passar do tempo após as plantas serem injuriadas. Conclui-se assim que, as densidades de lagartas de H. virescens que melhor diferenciam o genótipo de soja resistente do suscetível são nove e duas, para lagartas recém-eclodidas e de seis dias de idade, respectivamente; os folíolos novos de plantas em estádio vegetativo discriminam melhor o genótipo resistente do suscetível; nos testes de não preferência para oviposição não há diferenciação dos materiais resistentes e suscetíveis nas diferentes densidades de casais, estruturas vegetais e estádios fenológicos; a densidade de uma lagarta de H. virescens e o recipiente de plástico com volume de 150 ml assim como as folhas são melhor discrimina os genótipos de soja resistente do suscetível em teste de resistência da categoria antibiose; os genótipos IAC-100 e UFUS Milionária são altamente resistentes e os genótipos Dowling, UFUS Capim Branco, UFUS Impacta são moderadamente resistentes a H. virescens na categoria não preferência para alimentação; o genótipo UFUS Impacta é resistente a H. virescens na categoria não preferência para oviposição; o genótipo UFUS Xavante é altamente resistente e o genótipo IAC-100 é moderadamente resistente a H. virescens na categoria antibiose; plantas de soja do genótipo 84 Davis expressam resistência induzida a H. virescens depois de sofrerem injúrias de 25, 50 e 75% no trifólio mais velho por essa praga; plantas de soja do genótipo 84 Davis expressam resistência induzida a H. virescens a partir de 36h do ataque desta praga, aumentando a resistência até 200h após do ataque, diminuindo após este período; os tricomas são um dos possíveis mecanismos de defesa relacionados com a oviposição das mariposas e não alimentação em vagens de lagartas jovens; o baixo teor de taninos e compostos fenólicos totais estão relacionados com a preferência das lagartas por grãos em desenvolvimento ao invés de folhas; lagartas recém-eclodidas e com seis dias de idade de H. virescens preferem se alimentar de folhas com menores concentrações de fibras e ligninas; os flavonoides rutina e hesperidina estão relacionados com a resistência da categoria não preferência para alimentação em genótipos IAC-100, Dowling, UFUS Capim Branco, UFUS Impacta e UFUS Milionária por H. virescens. |