Metodologia de pesquisa e resistência constitutiva de genótipos de algodão a Spodoptera cosmioides (Walker) e Chloridea virescens (Fabricius) (Lepidoptera: Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitas, Carlos Alessandro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191177
Resumo: A resistência de plantas a insetos pode trazer contribuições significativas para o manejo de Chloridea virescens (Fabricius) e Spodoptera cosmioides (Walker) em algodão. Porém, ainda há poucas informações de genótipos comerciais resistentes a essas pragas e para selecioná-los é preciso, primeiramente, estabelecer uma metodologia de pesquisa confiável, melhor diferenciar para materiais resistentes e suscetíveis. Assim, neste trabalho foram avaliados potenciais fatores capazes de interferir na expressão de resistência de algodoeiro a S. cosmioides e C. virescens e, posteriormente, foi avaliada a influência de diferentes genótipos de algodoeiro sobre o comportamento de alimentação e desenvolvimento biológico de ambas as espécies para selecionar genótipos resistentes. Foi avaliada a influência dos fatores densidade larval, estrutura vegetal e idade da planta, utilizando as cultivares DeltaOpal e FMT 701. Para S. cosmioides, o uso de duas lagartas de 3º ínstar por disco foliar oriundos da parte mediana de plantas de algodoeiro em estádio de florescimento e para C. virescens uma lagarta de 3º ínstar por disco foliar de folhas da parte superior de plantas em estádio de botão floral permitiram melhor discriminação entre as cultivares quanto seus níveis de resistência. Com base nesses resultados, foi avaliada a influência de genótipos comerciais de algodão sobre o comportamento de alimentação e desenvolvimento de ambas as espécies-praga. Em relação a S. cosmioides, foram avaliados as cultivares BRS 286, BRS 293, BRS 335, BRS 336, BRS 368 RF, BRS 372, DeltaOpal, FMT 701, FMT 707, FMT 709, FM 910 e FM 993. Menor consumo foliar e maiores efeitos negativos no desenvolvimento foram verificados nas cultivares BRS 293, BRS 335 e FMT 707, considerados resistentes. A maior área foliar consumida foi observada em DeltaOpal; no entanto, as lagartas alimentadas nesse genótipo tiveram reduzida viabilidade e baixo índice de adaptação, possivelmente devido a impropriedades nutricionais. Para C. virescens foram avaliados as cultivares DeltaOpal, FMT 701, FM 910, FM 993, BRS 336 e FMT 707, e visando identificar os mecanismos envolvidos na expressão de resistência foi realizada avaliação dos constituintes bromatológicos das folhas desses genótipos. As lagartas alimentadas em FMT 707, FM 993 e BRS 335 apresentaram menor taxa de consumo relativo (RCR) e eficiência de conversão do alimento ingerido (ECI), devido à menor concentração de proteína bruta e maiores níveis de taninos totais. A cultivar FMT 701 interferiu negativamente no comportamento de alimentação e no crescimento por apresentar alguma característica de repelência e/ou deterrência alimentar; enquanto DeltaOpal e FM 910 foram considerados suscetíveis a C. virescens. Assim, as metodologias de pesquisa propostas se mostraram eficientes para estudos de resistência de algodoeiro a S. cosmioides e C. virescens, possibilitando a seleção da cultivar FMT 707 com moderada resistência a ambas as espécies.