Investigação biológica e química dos fungos endofíticos isolados de Galianthe thalictroides com atividade antagônica frente ao fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nunes, Emanuel Victor dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242611
Resumo: O fungo Sclerotinia sclerotiorum, causador da doença popularmente conhecida como “mofo branco”, é um dos fitopatógenos mais devastadores da área agrícola, afetando colheitas de feijão, amendoim e soja, e causando milhões de dólares em danos no mundo inteiro. A técnica mais comum de manejo do S. sclerotiorum ocorre através do emprego extensivo de produtos químicos potencialmente danosos ao meio ambiente e à saúde humana, o que aumenta a demanda por formas alternativas de controle. Uma das alternativas em desenvolvimento é o emprego de metabólitos de fungos endofíticos, microrganismos que habitam naturalmente o interior dos tecidos vegetais, de forma assintomática, e se apresentam como promissores na produção de novos antibióticos naturais e outros metabólitos com interesse biotecnológico. O presente trabalho avaliou o antagonismo de fungos endofíticos associados à espécie vegetal Galianthe thalictroides, uma planta medicinal do pantanal sul-mato-grossense, frente ao S. sclerotiorum. A linhagem identificada como Penicillium javanicum (GTB-10) inibiu o crescimento do fitopatógeno em 72% em triagem por antibiose em co-cultura e foi investigada quimicamente utilizando a abordagem OSMAC (One Strain Many Compounds), técnicas de metabolômica global por CL-EM/EM, e atividade antifúngica dos extratos AcOEt. Análises metabolômicas permitiram a anotação de 14 substâncias, incluindo estatinas como a mevastatina e dihidromevastatina, a 2,5-dicetopiperazina felutanina A, e a isoflavona daidzeína. Análises estatísticas permitiram avaliar que o meio de cultura foi a variável com a maior contribuição para a variação metabólica, e ainda indicou as estatinas como agentes da atividade antifúngica contra o S. sclerotiorum. Esse foi o primeiro estudo de fungos endofíticos isolados da espécie vegetal G. thalictroides, e os resultados corroboram o potencial biotecnológico de endófitos de plantas medicinais do Pantanal.