Nível de atividade física e uso de serviços de saúde em mulheres sob tratamento adjuvante contra o câncer de mama com inibidores de aromatase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Trindade, Ana Carolina Alves da Costa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154299
Resumo: O câncer de mama é a segunda neoplasia maligna mais frequente no mundo e a primeira entre as mulheres, constituindo-se um grave problema de saúde pública, devido as altas prevalências e ao gasto com o tratamento. O nível de atividade física é um dos determinantes do desenvolvimento e agravamento da doença, interferindo no uso de serviços de saúde bem como no gasto do tratamento. Objetivo: Analisar se o nível de atividade física está associado ao gasto com saúde, composição corporal, fadiga e dor, bem como comprar o gasto com saúde entre obesas e não obesas, fadiga e dor leve e intensa de mulheres sob hormonioterapia adjuvante com inibidores de aromatase contra o câncer de mama atendidas pelo SUS. Métodos: Amostra composta por 42 mulheres em tratamento hormonal adjuvante contra o câncer de mama com inibidores de aromatase. Avaliação do uso de serviço de saúde foi obtido por meio de informações auto-referidas em entrevistas norteadas por questionários e bancos de dados de preços em saúde, retroagindo 30 dias à entrevista. Foram realizadas medidas antropométricas, avaliação da composição corporal por densitometria óssea, nível de atividade física por acelerometria (MVPA), níveis de fadiga por meio do questionário proposto por Piper et al. (1998) e a sensação de dor pelo questionário breve de dor (IBD). A estatística descritiva foi composta por valores de média, desvio-padrão, mediana, diferença entre quartil. Correlações de Pearson e Spearman foram empregadas para analisar a relação entre MVPA e variáveis de composição corporal, sensação de fadiga, dor e gastos com serviços de saúde. O teste de Mann Whitney estabeleceu comparações entre os grupos, e as diferenças significativas foram reanalisadas pela análise de covariância (ANCOVA). Todas as análises foram feitas por meio do software estatístico SPSS (versão 22.0) e a significância estatística foi estabelecida em 5%. Resultados: na correlação entre MVPA e variáveis de composição corporal, fadiga, dor e gastos com saúde, pode-se observar relação negativa e significante para %GC (r=-0,477, p-valor=0,001), gasto com consultas médicas (r=-0,319, pvalor=0,039), gastos com exames (r=-0,314, p-valor=0,043) e gasto total das pacientes (r=- 0,361, p-valor=0,019). Nas comparações entre obesas e não obesas, foi possível identificar significância com valores superiores em obesas de gastos com consultas para doenças cardiovasculares (p-valor=0,003), mesmo após o ajuste. Nas comparações entre gastos com saúde segundo a sensação mais leve/moderada e mais intensa de dor, pode-se observar diferença significante, com valores superiores entre o grupo de dor intensa para gastos com medicamentos para câncer de mama (p-valor=0,043) e gasto total com medicamentos (pvalor=0,010) mesmo após o ajuste. Conclusão: conclui-se que a prática semanal de atividade física modera e vigorosa está inversamente relacionada ao %GC, gastos com consultas, exames e gasto total de pacientes em tratamento horminioterapico com inibidores de aromatase contra o câncer de mama. Além disso à obesidade esteve associada à maiores gastos com consultas para doenças cardiovasculares; e a dor intensa associou-se à maiores gastos com medicamentos para câncer de mama e gasto total com medicamentos.