Poesia, poética e o fragmento como gênero: similitudes e diferenças entre Pólen, de Novalis, e o Livro do desassossego, de Bernardo Soares.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Trigo, Natália Fernanda da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210858
Resumo: O presente trabalho analisa a relação entre Pólen de Novalis e o Livro do Desassossego de Bernardo Soares, semi-heterônimo de Fernando Pessoa. Os livros da Biblioteca Particular de Pessoa confirmam que ele foi leitor do poeta alemão, o que nos levou a analisar a edição de Pólen que Pessoa possuía, e as anotações que estão presente nesta, para entender como Pessoa leu Novalis para, então, buscar compreender como a relação entre os dois autores se realiza, primeiramente, no uso da forma do fragmento e, posteriormente, na ideia de poesia que Pessoa realiza no Livro. Para a análise da forma do fragmento, selecionamos alguns fragmentos de Pólen e os comparamos com os cinco fragmentos do Livro do Desassossego publicado por Pessoa na revista Descobrimento. Para a reflexão sobre a ideia de poesia que Novalis desenvolve analisaremos alguns dos fragmentos que tratam das questões relacionadas às ideias de poesia e linguagem poética, não apenas os publicados como também outros que estão na edição crítica da obra de Novalis. A partir disso, buscaremos comparar a ideia de poesia que Pessoa desenvolve em alguns dos fragmentos do Livro do Desassossego, compreendendo os pontos de encontro e de distanciamento entre os dois autores. Consideramos, assim, que a compreensão e a análise da obra de Novalis são fundamentais para a leitura de muitos autores da modernidade, uma vez que elas trazem o gérmen de muitas das reflexões que estão presentes na modernidade literária desde o século XIX até os dias de hoje.