Efeitos da palha de cana-de-açúcar na emergência de plantas daninhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Belapart, Diego [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202757
Resumo: O sistema de colheita mecanizada da cana-de-açúcar pode influencia a comunidade das plantas daninhas pelo volume de palhada deixado sobre a superfície do solo, normalmente entre 10 a 20 t ha-1. A palhada também pode modificar as características químicas, físicas e biológicas dos solos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos físicos e químicos da palha de cana-de-açúcar e o efeito químico isolado pela água lixiviada de sua palhada na emergência de plantas daninhas relevantes para a cultura da cana-de-açúcar. (10 t ha-1). Foram conduzidos experimentos em casa de vegetação no delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos (testemunha, água lixiviado e com palha) e doze espécies de plantas daninhas, no qual foram separadas em quatro grupos, o primeiro foi formado pelas espécies Bidens pilosa, Ipomoea quamoclit e Merremia aegyptica; o segundo por Ipomoea heterifolia, Ipomoea nil e Brachiaria decumbens; o terceiro por Panicum maximum, Ipomoea grandifolia e Euphorbia heterophylla; e o quarto porRottboellia exaltata, Digitaria horizontalis e Digitaria insularis, sendo utilizados quatro repeticoes por tratamento. A emergência das plantas daninhas foi avaliada aos 1, 3, 5, 7, 10, 14 e 21 dias após a semeadura (DAS). Após a semeadura das doze espécies, o tratamento água lixiviada teve a palhada lavada por meio de uma chuva simulada (20 mm) e a agua residual lixiviada foi coletada, consequentemente, a agua lixiviada (400 ml) foi aplicada em cada repetição. Já para o tratamento com palha e a testemunha, a chuva simulada (20 mm) foi aplicada diretamente sobre os vasos. Apos a aplicação da chuva simulada, os tratamentos testemunha e com palha foram irrigados (300 a 500 ml de água) a cada 2 a 3 dias quando as plantas ja se encontravam na casa de vegetação com 300 a 500 ml. Para o tratamento água de palha, repetiu-se o mesmo procedimento inicial. O tratamento com palha reduziu a emergência de todas as espécies, com destaque na queda de emergência maior para as que têm sementes menores reservas nutricional. A aplicação de água lixiviada reduziu a emergência apenas de Rottboellia exaltata. Entretanto, aumentou a emergência de Ipomoea nil, Urochloa decumbens e Merremia aegyptica e não apresentou estímulo ou inibição estatisticamente significativa nas demais espécies. Comparando os resultados obtidos com nos tratamentos com palha e água lixiviada foi possível observar que os efeitos químicos foram pouco relevantes para suprimir a emergência da maioria das espécies de plantas daninhas avaliadas, indicando que possivelmente os efeitos físicos são os mais relevantes.