Expressão de receptores de melatonina em um modelo animal com aumento na interação social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vieira, Isis Zion [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182124
Resumo: Introdução: Áreas encefálicas como hipocampo, hipotálamo, cerebelo e o córtex pré-frontal participam do controle de habilidades sociais fundamentais para a saúde e o bem-estar. Alterações bioquímicas nestas áreas podem alterar a expressão do comportamento social em quadros patológicos como depressão, esquizofrenia, distúrbios bipolares e em transtornos do neurodesenvolvimento. Esclarecer os mecanismos envolvidos nessas alterações é essencial para o desenvolvimento de ações terapêuticas nestes quadros. Estudos recentes mostraram que a melatonina e seu agonista agomelatina podem estar envolvidos na modulação do comportamento social principalmente por meio dos receptores MT1 e MT2. Porém, pouco se sabe sobre variações no conteúdo de melatonina e na expressão destes receptores em diferentes áreas encefálicas, em quadros que apresentam alterações no comportamento social. Objetivos: Avaliar a concentração plasmática de melatonina, a expressão gênica dos receptores de melatonina MT1 e MT2 em diferentes áreas encefálicas, e a localização e quantificação das células imunorreativas para MT1 e MT2 no córtex pré-frontal de modelo animal com aumento na interação social. Métodos: Amostras de sangue e de tecido encefálico foram obtidas de ratos com aumento na interação social (grupo mais social) e ratos com interação social considerada normal para a espécie (grupo controle). Com o intuito de confirmar as diferenças no comportamento de interação social entre os dois grupos, todos os animais passaram por avaliação comportamental. A melatonina plasmática foi quantificada por ELISA; a expressão gênica dos receptores MT1 e MT2 no córtex pré-frontal, hipocampo, hipotálamo e cerebelo foi analisada por PCR em tempo real e a localização dos receptores MT1 e MT2 foi analisada por imunohistoquímica. Resultados: Os testes comportamentais mostraram que o grupo mais social apresentou maior tempo de interação social e menor tempo e frequência de limpar-se em relação ao grupo controle. O grupo mais social apresentou menor concentração plasmática de melatonina que o grupo controle e maior expressão dos RNAm de MT1 no hipotálamo, hipocampo, pré-frontal e cerebelo, e maior expressão dos RNAm de MT2 no hipotálamo, hipocampo e cerebelo. O grupo mais social apresentou maior número de células imunorreativas para MT1 na área total do córtex pré-frontal e nas divisões LO, MO, VO, PrL. Não houve diferença na imunorreatividade para o receptor MT2 entre os grupos mais social tanto na área total quanto nas divisões do córtex pré-frontal. Conclusão: Os animais da linhagem mais social apresentaram maior interação social com o co-específico do que o grupo controle, menor conteúdo de melatonina, maior expressão gênica dos receptores de melatonina MT1 no hipocampo, hipotálamo, córtex pré-frontal e cerebelo, e do MT2 no hipocampo, hipotálamo e cerebelo. Além disso a linhagem mais social apresentou maior número de células imunorreativas ao receptor de melatonina MT1 no córtex pré-frontal.