Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Jeremias, Gilliale de Souza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193339
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Resumo: |
O ato de traduzir determinado texto implica uma parte substancial da cultura e subjetividade daquele que se predispõe ao exercício da tradução, isto é, do tradutor. Emily Dickinson, poeta norte-americana do século XIX, foi autora de uma poesia que estava às margens do movimento literário então vigente e introduzida à Língua Portuguesa pela tradução inaugural de apenas cinco de seus poemas por Manuel Bandeira que, ao selecioná-la, traduzi-la para a nossa língua e introduzi-la aos nossos leitores, sente-se contemplado na poesia de Dickinson através de sua intuição criadora enquanto tradutor. Nascidos em tempos diferentes e influenciados por autores distintos, mesmo que ambos os poetas estejam temporal e culturalmente distantes, vislumbramos, através da obra de ambos, poetas que se emparelham por seus temas e estilo. O esmorecimento e a morte elucidados por um estilo coloquial-irônico simbolizam o cotidiano de forma irônica, quase jocosa, e de maneira que a linguagem empregada por ambos esteja tão livre, irregular e cheia de consciência que, através do seu traço irônico, tanto Dickinson quanto Bandeira fazem uso de traços romântico-simbolistas, inicialmente, empregando seus próprios significados ante a efemeridade da vida, mas avançam rumo a uma poesia de consciência, vale dizer, uma poesia irônica que corrobora com a inclusão de Emily Dickinson na modernidade e a irmana com Manuel Bandeira. O presente trabalho tem por objetivo demonstrar as intersecções entre a poesia de Emily Dickinson e Manuel Bandeira partindo de seus recursos estilísticos e temáticos, além de elucidar os aspectos da tradução do poeta brasileiro enquanto tradutor. O estilo coloquial-irônico e as recorrentes temáticas de esmorecimento e morte são traços igualmente presentes em Dickinson e Bandeira durante a sua criação poética em suas particularidades enquanto poetas e, mais especificamente neste estudo, na atividade de tradução e recepção de Emily Dickinson no Brasil por Manuel Bandeira no começo do século XX. |