A Contribuição do Serviço Social Brasileiro ao Enfrentamento ao “Racismo e Ageísmo”: um estudo sobre a produção de conhecimento expressa nos encontros nacionais de pesquisadores em serviço social realizados na segunda década do século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Benedito, Jonorete de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235643
Resumo: Esta tese tem por objetivo analisar a contribuição do Serviço Social brasileiro ao enfrentamento ao racismo e ao ageísmo expressa nos anais nos Encontros Nacionais de Pesquisadores em Serviço Social realizados na segunda década do século XXI. O caminho metodológico percorrido foi o da pesquisa bibliográfica e da pesquisa documental. A necessidade de estudar esse tema surgiu da hipótese de que apesar de haver uma contribuição das entidades representativas da profissão para o enfrentamento ao racismo, no que concerne ao envelhecimento ainda há um longo caminho a trilhar, o que foi comprovado ao término da pesquisa. Defende-se que o ageísmo é estruturante, uma vez que quando se deveria celebrar a conquista da longevidade, protagoniza-se a “tragédia”, condenando trabalhadores e trabalhadoras, na sua velhice, a vivenciar o sistema de violência, que se manifesta desde a violação dos seus direitos fundamentais. Há apelos ideológicos que enveredam pela responsabilização, culpabilização e punição dos/das velhos/as pela própria velhice trágica, como se a velhice, também, não fosse uma produção social. Parte-se da hipótese, já defendida por outros autores e reconfirmada nesta tese, de que a formação da classe trabalhadora brasileira recebe forte influência dos escravizados nos seus movimentos de luta e resistência. Constata-se, ademais, que o Brasil vive hoje uma conjuntura de desregulamentação de direitos conquistados através das lutas dos movimentos sociais. Conclui-se que há uma emergência na elaboração de pesquisas sobre o envelhecimento que tenham a totalidade como categoria de análise, bem como que se efetive a reconstrução das lutas sociais por direitos. Finaliza-se o trabalho reafirmando que, enquanto essa sociedade não se tornar emancipada, luta e resistência devem ser o caminho a ser trilhado para que os direitos conquistados não escoem pelos ralos das determinações capitalistas. Por isso, nenhum direito a menos, velhice não é doença, vidas negras e de velhos e velhas importam, são os gritos que carecem de eco em toda a extensão territorial do Brasil.