Avaliação do hidroxietilamido de terceira geração (Tetrastarch) em relação ao Ringer Lactato como fluido de reposição volêmica em cães submetidos à hemodiluição normovolêmica aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Diniz, Miriely Steim [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149940
Resumo: Justificativa: Coloides sintéticos como o “Tetrastarch“ (TS), quando comparados aos cristaloides isotônicos, são expansores volêmicos mais eficazes e minimizam o risco de edema tecidual. Entretanto, o TS pode causar efeitos adversos sobre a coagulação e, em pacientes sépticos, pode aumentar o risco de injúria renal aguda e morte. Hipóteses: Formularam-se as hipóteses de que, em cães sadios, a HNA com TS não resultaria em evidência de IRA; enquanto que a inibição da coagulação induzida por este coloide seria ao menos equivalente a produzida pelo Ringer Lactato (RL). A HNA com TS, quando comparada a HNA com RL, resultaria em menor acúmulo de água extravascular pulmonar e menor incidência de edema periférico. Materiais e Métodos: Seis cães (19,7–35,3 kg) foram anestesiados durante 7 horas com isoflurano/remifentanil em 3 ocasiões. Na primeira ocasião (Fase I), os animais não foram submetidos a HNA (controle). Na Fase II, iniciada após intervalo > 2 semanas do término da Fase I, os cães foram anestesiados em 2 ocasiões para realização de HNA, em um modelo experimental randomizado (intervalo > 8 semanas). Em cada procedimento, o sangue removido foi reposto com RL ou TS, (3 mL de RL ou 1 mL de TS para cada 1 mL de sangue removido), durante 60 minutos, visando reduzir o hematócrito para 33%. A anestesia foi mantida por 4 horas após a reposição volêmica (RV). As variáveis cardiorrespiratórias foram coletadas no momento BL (basal, antes da HNA), 0,5, 1, 2, 3 e 4 horas após a RV. Os biomarcadores de IRA (NGAL, creatinina) foram mensurados no momento BL, 4, 24 e 72 horas após a RV. A hemostasia foi avaliada no momento BL, 0,5, 2, 4 e 24 horas após a RV. Resultados: No tratamento TS, o índice de água extravascular pulmonar (EVLWI), observado a 1 hora após a RV, foi significativamente menor (P < 0,05) em relação ao controle. As 4 horas após a RV, o EVLWI no tratamento TS foi significativamente menor em comparação ao tratamento RL. A relação pressão parcial de oxigênio arterial/fração inspirada de oxigênio não diferiu entre tratamentos (P > 0,05) entre 0,5–4 horas após a RV. Edema de cabeça foi observado em 3/6 cães somente no tratamento RL. A relação lipocalina associada a gelatinase neutrofílica/creatinina urinária não diferiu entre os tratamentos e manteve-se abaixo do limite para detecção de IRA (120.000 pg/mg) durante 72 horas após a RV. O tempo de formação do coágulo aumentou significativamente em relação ao controle por um período mais prolongado no tratamento RL (entre 0,5–4 horas após a RV) do que no tratamento TS (entre 0,5–2 horas após a RV). A firmeza máxima do coágulo se reduziu significativamente em relação ao controle por um período idêntico para ambos os fluidos (entre 0,5–4 horas após a RV). Não foram detectadas diferenças significativas no tempo de sangramento de mucosa oral após a RV. Conclusões: O TS, quando empregado em cães saudáveis submetidos a HNA, além de não produzir evidência de IRA, causa coagulopatia dilucional transitória de forma semelhante ao RL. O emprego do TS como fluido de reposição volêmica na HNA é preferido em relação ao RL, uma vez que este coloide resulta em menor acúmulo de água extravascular pulmonar que o RL e não produz evidência de edema periférico.