Impacto da programação fetal por restrição proteica gestacional e lactacional sobre a próstata ventral de ratos: Associação entre o desenvolvimento vascular e morfogênese epitelial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Colombelli, Ketlin Thassiani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144478
Resumo: Condições gestacionais adversas podem acarretar alterações morfofuncionais irreversíveis no embrião/feto, condição conhecida como Programação Fetal (PF). Dentre os modelos de estudos sobre PF, a restrição proteica intrauterina tem sido o mais utilizado. Considerando os resultados recentes que evidenciaram o atraso no desenvolvimento prostático de ratos submetidos à restrição proteica intrauterina, além do importante papel do suprimento vascular para a morfogênese prostática, o objetivo deste trabalho foi investigar os impactos da programação fetal induzida por restrição proteica materna sobre a próstata ventral da prole de ratos, com ênfase ao processo de angiogênese associado ao desenvolvimento glandular. Para tanto, foram utilizados ratos Sprague Dawley (n=15/grupo) nascidos de mães alimentadas com ração padrão (grupo controle-CTR, 23% de proteína) ou com ração hipoproteica (6% de proteína) durante a gestação (grupo RPG), ou durante a gestação e lactação (grupo RPGL). Após o período experimental, os animais foram pesados, eutanasiados e os complexos urogenitais (CUG) ou lobos prostáticos ventrais (PV) coletados nos dias pós-natal (DPN) 10 e 21, sendo ambos processados para análises histológicas e bioquímicas. Nossos resultados demonstraram redução do peso corpóreo, da distância ano-genital, além de atraso no desenvolvimento prostático na prole dos animais RPG e RPGL. Este atraso foi relacionado ao menor índice de proliferação e diferenciação celulares na próstata dos animais restritos. Além disso, observamos redução no processo de angiogênese prostático, especialmente na região subepitelial. Este resultado foi associado à diminuição na expressão de AQP-1, VEGF e VEGFR na prole de animais restritos. Assim, concluímos que a redução da microvascularização prostática afeta o fluxo bidirecional de moléculas entre o sangue e o tecido prostático, contribuindo para o atraso no desenvolvimento da próstata ventral dos animais submetidos à restrição proteica perinatal.