Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Ana Carolina Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204995
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Resumo: |
A exposição materna a dieta deficiente em proteína durante a gestação, característica de países subdesenvolvidos e de países cuja dieta contém alimentos hipercalóricos, pobres em fibras e nutrientes, está associada ao desenvolvimento de doenças na prole, em especial cardiovasculares, renais, diabetes e até mesmo câncer na prole. Além disso, estudos do nosso grupo de pesquisa demonstram que a restrição proteica materna impacta o desenvolvimento e aumenta a incidência de lesões prostáticas na prole de ratos velhos. Apesar disto, os mecanismos moleculares que desencadeiam estas alterações ainda são pouco conhecidos. Neste contexto, o avanço das metodologias de estudo de expressão gênica e proteica em larga-escala, associado à possibilidade de integração destes dados utilizando ferramentas de bioinformática, tem possibilitado uma visão integrativa global dos mecanismos moleculares em condições normais e patológicas. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar o perfil de expressão global de RNAs mensageiros (transcriptoma) e de proteinas (proteômica) em amostras de próstatas de ratos que sofreram restrição proteica perinatal e integrar o perfil global de expressão de mRNAs e proteínas para identificar redes de regulação e vias moleculares envolvidas no desenvolvimento prostático em animais normais e restritos. Foram analisados ratos machos da linhagem Sprague Dawley com 21 dias de idade pós-natal nascidos de mães alimentadas com ração padrão (17% de proteína) ou de mães alimentadas com ração hipoproteica (6% proteína) durante a gestação e lactação. Após este período, os animais foram eutanasiados com overdose de anestésico, pesados e a próstata ventral foi coletada. Foram analisados o transcriptoma por sequenciamento de última geração (HigSeq-2500, Illumina) e do proteoma, por espectrometria de massas (LC-Ms/Ms). Foram selecionados alguns alvos de interesse para serem validados por RT-qPCR, assim como por imunohistoquímica e western blotting. Estes resultados foram comparados aos dados de transcriptoma e do proteoma para adenocarcinoma prostático, disponíveis na literatura, como o objetivo de investigar se a restrição proteica perinatal é responsável por alterar a expressão gênica e proteica de alvos relacionados ao desenvolvimento de lesões prostáticas. Outros animais forma eutanasiados com 540 dias de idade com o objetivo de se identificar possíveis alvos alterados tanto pela restrição proteica em ratos jovens como no câncer prostático. Este projeto de doutorado faz parte de um projeto maior (auxílio regular à pesquisa), onde também foi analisado o microRNoma e o perfil de metilação global na próstata de ratos submetidos à restrição proteica perinatal. Com isso espera-se obter uma visão global dos efeitos da restrição proteica perinatal sobre a biologia prostática. |