Emissões de gases de efeito estufa e estoque de carbono em função da calagem e do preparo do solo na cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gonçalves, Ana Stella Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194352
Resumo: A crescente mecanização nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar eleva a compactação do solo, reduzindo o crescimento radicular, a produtividade e a longevidade do canavial. O preparo profundo do solo em faixa e controle de tráfego podem resultar no melhor enraizamento, aproveitamento de água e nutrientes, com consequente aumento da produção de biomassa, principalmente quando acompanhado de calagem adequada. Contudo, essa técnica altera as entradas e as saídas de carbono (C) no solo, podendo afetar os estoques e balanço de C no sistema solo-planta-atmosfera. Objetiva-se com este trabalho avaliar, em área de cultivo de cana-planta, o efeito dos diferentes preparos de solo e dose de calcário aplicados, bem como a interação entre esses fatores, na resposta ao estoque de C do solo, na qualidade da matéria orgânica (MOS) formada, nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e na produtividade de colmos (TCH) e produção de açúcar, estimando o balanço de C no sistema solo-planta-atmosfera. Para tanto, foi realizado um experimento em solo de textura média, utilizando-se o delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas por diferentes sistemas de preparo do solo (convencional, profundo e profundo modificado) e as subparcelas, por doses de calcário (0, 1, 2 e 3 vezes a dose recomendada). Os dados foram submetidos à análise de variância (p≤0,05) e comparados pelo teste LSD (p≤0,05) no caso das variáveis qualitativas, e por meio de análise de regressão, no caso de efeito das doses de calcário. Observou-se que o sistema de preparo profundo em faixas, com a aplicação de doses de calcário mais elevada do que a recomendada, promove uma maior emissão de CO2, mas em contrapartida garante um maior aporte de C via biomassa aérea e radicular, além de maior produtividade do canavial, o que consequentemente, reduz a emissão relativa de GEE. Logo, estudos envolvendo o sistema de preparo profundo em faixas, aliado ao ajuste das recomendações das doses calcário para o Estado de São Paulo, pode ser uma estratégia para sequestrar C em áreas de cultivo de cana-planta.