O bilinguismo como condição de escrita: questões de identidade e de língua em Lettres parisiennes, de Leïla Sebbar e Nancy Huston

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Oliveira da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143422
Resumo: Objetivamos mostrar neste trabalho como a problemática da pluralidade identitária revela-se sintomática para aqueles que vivem entre línguas e entre culturas. Considerando que a identidade e a diferença se constituem na e pela linguagem e “não podem ser compreendidas, pois, fora dos sistemas de significação nos quais adquirem sentido” (SILVA, 2000, p. 78), o processo de identificação para aqueles que transitam entre dois ou mais sistemas de significação torna-se ainda mais complexo. Com o intuito de elaborar uma reflexão nos e para os estudos da linguagem em um viés que destaca e questiona, sobretudo, a noção de identidade e de língua, este trabalho se propõe a investigar, a partir dos estudos de Coracini (2007a), de Deângeli (2012a, 2012b), de Derrida (1991a, 1991b, 1998, 2003), entre outros, uma obra que problematiza a situação do sujeito bilíngue a partir de sua condição de exílio (geográfico). Trata-se da obra Lettres parisiennes: histoires d’exil (1986), composta por cartas trocadas entre as escritoras de expressão francesa Nancy Huston e Leïla Sebbar. De modo específico, pretende-se, seguindo os rastros das línguas na escrita desses sujeitos “bilíngues”, elaborar uma reflexão sobre a noção de “bilinguismo” e seus possíveis deslocamentos e evidenciar as particularidades de um bilinguismo de escrita. O bilinguismo é aqui entendido não como fenômeno restrito aos que convivem com duas línguas desde a primeira infância, mas como acontecimento que atravessa a subjetividade daqueles que por diversas razões e em diferentes etapas da vida passaram a viver entre línguas e entre culturas. Esperamos contribuir com os estudos sobre as questões identitárias vinculadas à problemática da língua, mais especificamente aos fenômenos ligados ao bilinguismo, assim como divulgar os escritos de Nancy Huston e Leïla Sebbar.