Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carolina dos Santos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217150
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Resumo: |
Trichinella spp. é um nematódeo zoonótico amplamente difundido no mundo, porém com poucos dados no Brasil. Afeta uma grande variedade de hospedeiros como porcos domésticos e javalis, cavalos, roedores, carnívoros selvagens, aves e répteis. Os mamíferos selvagens atuam como os principais reservatórios, pois a biomassa do parasita é maior neles que na fauna doméstica. Na América da Sul, além dos suínos domésticos e javalis, há relatos de ocorrência em onças pardas na Argentina e no Chile. A Argentina e o Brasil, devido à proximidade geográfica, podem compartilhar a vida selvagem e consequentemente seus patógenos, e assim, torna-se imprescindível o monitoramento de animais selvagem quanto à presença da Trichinella spp., com foco na saúde humana e animal e na segurança da produção de suínos. Ainda não existe no país um programa oficial de vigilância da Trichinella spp., mas algumas instituições governamentais realizam sorologia em amostras de suínos asselvajados que foram submetidas ao Programa de Controle da Peste Suína Clássica. No Brasil, os animais domésticos são considerados livres da doença, porém evidências sorológicas indicam a ocorrência de triquinelose em javalis nas regiões Sul e Sudeste. O objetivo desse trabalho foi investigar a infecção por Trichinella spp. em javalis e carnívoros selvagens na região sudeste do Brasil. Foram testadas 136 amostras, sendo 121 javalis e 15 carnívoros selvagens. Testes de digestão enzimática foram realizados em amostras musculares de 37 javalis e 15 carnívoros selvagens e 115 amostras de soro de javalis foram submetidas ao teste de ELISA indireto com kits comerciais. Sete (07) amostras de soro de javalis apresentaram resultado positivo na prova de ELISA (7/115= 6,1%, 95% IC 3,0-12,0). Não houve diferença significativa entre sexo, idade e município de origem da amostra. Não foram encontradas larvas nas amostras musculares submetidas à digestão enzimática. Os resultados sugerem a ocorrência de um ciclo selvagem da Trichinella no Brasil o que, com as crescentes alterações nos padrões de comportamento humano e hábitos alimentares e a mudança nas práticas agrícolas, pode ser um fator determinante para o aumento do risco de exposição de animais domésticos e seres humanos a esse importante nematódeo. |