Gestação juvenil, falando de um lugar: uma escola pública de Araçatuba/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paiva, Laís Regina da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193445
Resumo: A pesquisa procura entender os enunciados discursivos que envolvem questões de gênero, sexualidade e gestação na juventude. Procuramos compreender como a sexualidade e a reprodução juvenil têm sido abordadas em diferentes práticas discursivas. A partir de análises de documentos oficiais e de organizações internacionais sobre o tema, levantamento da legislação pertinente, de pesquisas sobre reprodução e sexualidade juvenil das área da saúde, educação e humanidades, e de uma obra escolar intitulada Gravidez na adolescência – gravidez não é brincadeira, produzida em 2013 com textos e ilustrações de estudantes e docentes de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo, além de entrevistas semiestruturadas com profissionais da escola que produziu a obra analisada, procurou-se compreender a visão que a comunidade escolar tem sobre a sexualidade e reprodução juvenil. A referida publicação também permitiu evidenciar como a problemática da gravidez na juventude está presente na escola, sendo, na época de sua produção, uma preocupação do cotidiano escolar. Observamos que as práticas sexuais entre os entre os jovens ainda estão repletas de estereótipos, medos, proibições e relações assimétricas de gênero, em que há predominância da figura masculina; ao mesmo tempo em que as moças são implicitamente responsáveis pela reprodução e contracepção. Embora essa temática já esteja superficialmente contemplada em algumas propostas curriculares, identificamos a urgência e a necessidade de se abrir espaço nos currículos escolares para a discussão sobre educação em sexualidade, principalmente de Sociologia e de outras disciplinas escolares da área das Ciências Humanas. A juventude, entendida como uma etapa de transformações físicas, sociais e econômicas na vida dos indivíduos, de passagem da infância para o mundo adulto, coloca mais do que nunca a exigência de que a geração de jovens seja adequadamente preparada para enfrentar as conjunturas atuais e os fenômenos sociais e culturais que interferem na sua formação como pessoa e cidadãos/cidadãs.