Gestação em mulheres em tratamento hemodialítico: repercussões do adoecimento sobre o desejo pela maternidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Medeiros, Giane Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-17022009-110254/
Resumo: A capacidade reprodutiva de mulheres em tratamento dialítico é reduzida devido alterações hormonais, distúrbios de ovulação e menstruais. A gestação neste grupo é considerada rara e de risco. Nas últimas décadas, mudanças no tratamento para insuficiência renal crônica (IRC) resultaram em um aumento da fertilidade. Estudos relatam as possibilidades de sucesso nas gestações neste grupo. Este estudo, de natureza descritiva propôs investigar as informações que as mulheres urêmicas possuem acerca da gestação em mulheres que fazem tratamento hemodialítico, e identificar se a maternidade é desejada por estas mulheres. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados: roteiro de entrevista semidirigida; Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada EDAO; as pranchas 1, 2, 3MF, 7MF e 16 do Teste de Apercepção Temática TAT. Participaram do estudo 23 mulheres em tratamento hemodialítico, na faixa etária entre 24 e 43 anos. Dezoito entrevistadas têm um ou mais filhos; apenas cinco entrevistadas não têm filhos. Sessenta e cinco por cento das mulheres manifestam desejo em ser mãe novamente. Vimos que há possibilidade de gravidez neste grupo onde 60% das mulheres têm vida sexual ativa, 60% menstruam mensalmente e apenas 52% fazem uso de método contraceptivo. A EDAO revelou que todas as entrevistadas encontram-se com adaptação ineficaz, sendo 18% com adaptação ineficaz leve, 39% com adaptação ineficaz moderada e 43% com adaptação ineficaz severa. As pranchas do TAT revelaram as dificuldades vivenciadas pela dependência à máquina de hemodiálise e quanto o suporte familiar é fundamental para lidar com as limitações pertinentes a condição de doente renal crônico. Os dados da pesquisa indicam que é importante a atenção da equipe de saúde à sexualidade das mulheres em diálise. Também é importante que o diálogo a respeito do planejamento familiar faça parte das intervenções da equipe