Literatura juvenil: a importância da personagem leitora na formação do jovem leitor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Soares, Isabel Aparecida Mozella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253595
Resumo: Tendo em vista a atual importância da leitura na formação de crianças e de jovens, este trabalho apresenta uma reflexão acerca de livros literários juvenis, cujas potencialidades podem ampliar os horizontes de expectativa dos jovens leitores. Mais especificamente, constrói-se a hipótese de que, na produção literária de potencial recepção juvenil, a presença no enredo de personagens leitoras inteligentes e irreverentes pode cativar os jovens leitores e motivá-los à leitura. Esta pesquisa parte do pressuposto de que os significados atribuídos à leitura precisam ir além do conhecimento para culminarem em uma conversa reflexiva entre leitor e texto. A partir do aporte teórico da Estética da Recepção (Jauss 1994; Iser, 1996 e 1999), destacamos o quanto o leitor pode ser ativo no processo da leitura e, por meio dele, realizar a completude do texto. Isso por acreditar que, independente do segmento social ou condições socioeconômicas da família, grau de escolaridade dos pais, sexo ou estímulo familiar, os jovens podem participar ativamente de um processo de construção de sentidos e de descobertas pela leitura, em especial, se forem influenciados pela presença de personagens leitoras em obras juvenis. Para tanto, este trabalho toma, como objeto de pesquisa a obra juvenil Amigos secretos, de Ana Maria Machado (2004), cujas personagens são leitoras e se descobrem por intermédio do contato com livros, conseguindo, com isso, modificar sua perspectiva de vida. Buscou-se pela recepção dessa obra (2004) com jovens leitores do 8º ano do Ensino Fundamental da Cooperativa Educacional de Pederneiras, observar se sua narrativa estabelece comunicabilidade com o jovem leitor, explora recursos estéticos diversos, problematiza temas de interesse desse leitor e rompe com seus conceitos prévios sobre leitura, ampliando, assim, seus horizontes de expectativa. Para a consecução dos objetivos, utilizou-se como metodologia na recepção da obra o Método Recepcional, de Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar (1993).