Efeitos do treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo associado à eletroestimulação neuromuscular na hipertrofia muscular e desempenho do membro inferior: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Soares, Isabela Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255324
Resumo: Introdução: Diferente do Exercício Convencional (EC), que utilizam cargas ≥70% de Uma Repetição Máxima (1RM), o treinamento com Restrição de Fluxo Sanguíneo (RFS) e RFS associada à Estimulação elétrica neuromuscular (RFS-E) surgiram como estratégias para otimizar a hipertrofia muscular com baixa sobrecarga articular. Até o presente momento, não existem estudos na literatura que analisem de forma comparativa os efeitos destas três técnicas de fortalecimento. Objetivos: Avaliar os efeitos do treinamento de força com EC, RFS e RFS E do músculo quadríceps em sujeitos fisicamente ativos e sem histórico de lesão nos parâmetros de Espessura Muscular (EM) e Desempenho do Membro Inferior (DMI). Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado. Foram recrutados 60 indivíduos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 45 anos, fisicamente ativos. Foi realizada uma anamnese inicial para caracterização da amostra e coleta dos dados antropométricos. O desempenho do membro inferior foi avaliado a partir das variáveis de salto vertical na plataforma de contato nos modos Counter Movement Jump (CMJ), Squat Jump (SJ) e Drop Jump (DJ) a partir de uma elevação de 30 e 60cm. Foi utilizada a ultrassonografia para avaliação da EM do reto femoral e do quadríceps. O teste de uma repetição máxima (1RM) unilateral na cadeira extensora foi utilizado para quantificar a carga durante as intervenções. Em seguida, os voluntários foram randomizados em três grupos: Grupo EC (GEC), Grupo RFS (GRFS) e Grupo RFS-E (GRFS-E). O treinamento foi realizado duas vezes na semana, por um período de oito semanas, com reavaliação do teste de 1RM na quarta semana. A análise dos dados foi realizada pelo software GraphPad Prism versão 9.0.2. Após a análise de normalidade, uma análise de variância de modelo misto ANOVA two-way comparou a EM de reto femoral e quadríceps e variáveis do salto vertical antes e depois do protocolo de treinamento e foi adotado nível de significância de 0,05. Resultados: Foi possível observar aumento significativo de EM do reto femoral no grupo GRFS-E pré e pós protocolo de treinamento (p=0,04) e superioridade ao GEC nesta mesma variável (p=0,01). Com relação ao salto vertical, a altura do DJ30 nos grupos GRFS-E e GEC foram superiores ao GRFS (p=003), sem diferença nos saltos CMJ, SJ e DJ60 (p=>0,05). Conclusão: Em indivíduos ativos, um protocolo de treinamento de 8 semanas com RFS-E se demonstrou eficaz para o aumento de EM se comparados ao EC e RFS, porém sem diferença entre as técnicas com relação ao DMI.