Qualidade funcional e atividade antioxidante do mangostão amarelo (Garcinia cochinchinensis Choisy)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Farinazzi Machado, Flavia Maria Vasques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153028
Resumo: As espécies do gênero Garcinia apresentam concentrações expressivas de compostos fenólicos com atividade hipolipidêmica, anti-obesidade, anti-inflamatória e antioxidante in vitro e em modelos animais. O objetivo deste estudo foi realizar análises físico-químicas e quantificar compostos fenólicos e atividade antioxidante das folhas e frutos da espécie Garcinia cochinchinensis Choisy, conhecida como mangostão amarelo, e analisar os efeitos do consumo das frutas e folhas sobre o perfil bioquímico, antropométrico e comportamental de ratos Wistar. Os frutos e as folhas do mangostão amarelo foram obtidos do pomar da Faculdade de Tecnologia de Pompéia/SP, sendo realizadas análises de pH, sólidos solúveis, acidez titulável e ratio na polpa fresca. No extrato seco dos frutos foram efetuadas análises qualitativas colorimétricas para fitoquímicos e análises quantitativas nos frutos e folhas frescas para carotenóides, antocianinas, compostos fenólicos totais, flavonoides, pigmentos clorofila A e B, e atividade antioxidante total. Os sucos dos frutos e das folhas foram administrados em ratos Wistar machos, que constituíram cinco grupos experimentais: controle (G1), que receberam água ad libitum, G2 e G3, tratados com suco da polpa em concentrações de 20% e 40%, respectivamente, e G4 e G5, tratados com suco das folhas, em 20% e 40%, respectivamente. Após 40 dias de experimento os animais submetidos as doses mais concentradas de sucos da polpa e folhas do fruto (G3 e G5), além do grupo controle, foram submetidos a análises de comportamento utilizando os modelos de campo aberto e labirinto em cruz elevado. No 41º dia do experimento, foi coletado sangue dos animais para análises bioquímicas de glicose, enzimas hepáticas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), colesterol total, lipoproteínas plasmáticas (VLDL-c, LDL-c, HDL-c), triglicerídeos e proteína C reativa ultrassensível. O perfil lipídico foi utilizado para cálculo de Índices aterogênicos. Foi avaliado também o perfil antropométrico, sendo calculado ganho de peso corporal (%), Índice de Lee e peso da gordura visceral. A análise dos dados foi realizada através da Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey, e nível de significância de 5% de probabilidade (p<0,05). A polpa fresca do mangostão apresentou valores médios de 4,88 g de ácido cítrico 100 g-1, 12,3 ºBrix e 2,52, para acidez titulável, sólidos solúveis e pH, respectivamente. A prospecção fitoquímica revelou presença de metabólitos secundários como flavonoides, flavanonas, flavonóis, entre outros. Teores expressivos de carotenoides, antocianinas, compostos fenólicos e flavonoides foram observados na polpa e folhas do mangostão e a atividade antioxidante total da polpa dos frutos apresentou-se maior quando comparada às folhas. O resultado do estudo com os modelos experimentais evidenciou redução significativa nos valores de triglicerídeos (TG) e na gordura visceral nos grupos tratados com a polpa e a folha do mangostão amarelo, comparados ao grupo controle. A razão TG/HDL-c, considerada um índice aterogênico, reduziu significativamente no grupo tratado com 40% das folhas do mangostão. Por outro lado, não houve variações significativas no ganho de peso corporal, no Índice de Lee e nos demais atributos bioquímicos avaliados, entre os animais submetidos ao consumo de sucos da polpa e das folhas do mangostão amarelo. Os sucos do mangostão amarelo não surtiram efeitos sobre o comportamento dos animais em modelos experimentais de ansiedade.