Perfil químico e avaliação da atividade antioxidante de extratos da polpa dos frutos de Garcinia cochinchinensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kazmierczak, Elton lattes
Orientador(a): Pereira, Romaiana Picada lattes
Banca de defesa: Fiorin, Bárbara Celânia lattes, Ascari, Jociani lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Departamento de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3896
Resumo: Garcinia cochinchinensis (Clusiaceae), nome popular falso mangostão, é uma espécie pouco estudada entre as espécies desse gênero, na medicina popular a casca é usada para tratar doenças de pele e ameaça de aborto. Outras espécies desse gênero apresentam atividade antioxidante, antiglicêmica, anticâncer e outras. Espécies vegetais fornecem compostos orgânicos que possuem habilidade antioxidante, tais como compostos fenólicos flavonoides e xantonas, onde espécies do gênero Garcinia (Clusiaceae) se apresentam como relevante fonte desses metabólitos. O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre espécies oxidantes e espécies antioxidantes em favor das primeiras. Esse fenômeno está relacionado a diversas doenças, como diabetes melitus, doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson e outras. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antioxidante de extratos dos frutos da Garcinia cochinchinensis. A extração dos polpa da frutos foi realizada por meio da extração assistida por ultrassom e pelo método clássico de extração fracionada por solvente. Após a obtenção dos extratos, o conteúdo de fenólicos totais e flavonoides totais foi determinado pelos métodos do reagente Folin-Ciocalteau e da complexação do alumínio, respectivamente. Os extratos A12A e AM12A foram analisados por Cromatografia em Fase Gasosa acoplada ao Espectrômetro de Massas (CG-EM), sendo possível identificar e quantificar os compostos voláteis presentes. A atividade antioxidante de todos os extratos foi avaliada pelos métodos de captura do radical DPPH• e ABTS, bem como por ensaios de quelação do ferro e poder redutor. Os extratos obtidos com acetato de etila em pH 8 nos três fracionamentos apresentaram os maiores teores de conteúdo de compostos fenólicos e flavonoides comparado com os demais (p > 0,05). O rendimento da extração por ultrassom foi maior do que na extração clássica. A variação de pH para 8 nas extrações foi o valor ótimo para a extração de compostos fenólicos e assim obter melhor atividade antioxidante. Os extratos A8C (90,6%) e AM8C (91%) apresentaram as maiores capacidades de quelar ferro em comparação com os demais extratos (p > 0,05). Quanto aos ensaios de atividade antioxidante de captura dos radicais DPPH• e ABTS, os extratos obtidos com acetato de etila nos pH 8 e 4 apresentaram ótimos valores de inibição para esses radicais. Os resultados demonstraram boa atividade antioxidante dos extratos obtidos por diferentes métodos de extração. Portanto, os extratos de G. cochinchinensis podem ser submetidos a maiores investigações acerca da atividade antioxidante in vivo e mecanismos relacionados para verificação de sua possível utilidade como fonte de princípios ativos a serem aplicados na prevenção e tratamento de doenças cuja patofisiologia relaciona-se ao estresse oxidativo.