Modelagem Numérica e Avaliação Hidrogeológica do Aquífero Rio Claro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dias Gonçalves, Roger
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144372
Resumo: A gestão adequada dos recursos hídricos é peça-chave para o desenvolvimento de uma região, seja urbana ou agrícola. O conhecimento acerca do impacto das mudanças climáticas e as diferentes atividades humanas sobre os recursos hídricos, em especial as águas subterrâneas, tornou-se essencial para tomadas de decisão corretas e sustentáveis. O Aquífero Rio Claro, localizado no município homônimo, é um aquífero raso e livre, composto por um pacote pouco espesso e predominantemente arenoso da Formação Rio Claro. Possui água naturalmente de boa qualidade e grande parte deste reservatório estende-se sob a área urbana do município. Este estudo estima os impactos da seca de 2013/2014 e o potencial de explotação do aquífero através do uso de modelagem numérica. Para as simulações utilizou-se o método dos elementos finitos por meio do algoritmo Feflow. A porção norte da área, mais agrícola, compreende a principal área de recarga do aquífero, enquanto que a porção sul é mais urbanizada e apresenta um grau de impermeabilização maior, que impacta negativamente as taxas de recarga. O balanço de fluxo calculou uma perda de 5,3% da água do armazenamento do aquífero durante o período de seca, que representou, na região, uma precipitação quase 30% menor que a média histórica. A grande maioria dos poços cadastrados no município extrai água de aquíferos mais profundos, perfazendo cerca de 450 m³/h. Em um cenário no qual o Aquífero Rio Claro fosse responsável por toda essa demanda de água subterrânea durante todo o período de seca, o aquífero perderia cerca de 6,6% da água de seu armazenamento. O bombeamento dos poços atingiria aproximadamente 19% da recarga do aquífero, portanto, o aquífero tem potencial para comportar tal volume de explotação. No entanto, a concentração dos poços no distrito industrial e na área urbana do município representa um alto risco para o aquífero e para o abastecimento nestas áreas, com alteração da dinâmica de fluxo entre as porções norte e sul e interferência nas vazões dos poços.