Ultrassonografia tridimensional dos músculos do assoalho pélvico de gestantes com diabete melito gestacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sartorão Filho, Carlos Izaias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150215
Resumo: Objetivo: Diabete Melito gestacional (DMG) está associado à lesão muscular, e isso pode induzir alterações na biometria do assoalho pélvico durante o período pré-natal. O objetivo deste estudo foi avaliar a progressão da biometria do assoalho pélvico usando a ultrassonografia tridimensional (3D) por via transperineal durante o período pré-natal em mulheres com DMG. Métodos: Neste estudo de coorte prospectivo, 44 gestantes com DMG e 66 normoglicêmicas (grupo-controle) foram recrutadas no segundo trimestre de gravidez. Todas eram maiores de 18 anos de idade, nulíparas ou primíparas com cesárea eletiva prévia, com gravidez única. Ultrassonografia 3D por via transperineal foi realizada com 24-30 e 34-40 semanas de gestação, com a paciente em posição de litotomia, em repouso, e medidas biométricas do assoalho pélvico foram avaliadas no plano axial da mínima dimensão hiatal do músculo levantador do ânus. Os dados biométricos e demográficos obtidos com 24-30 e 34-40 semanas de gestação foram comparados entre os grupos, bem como as mudanças na progressão da biometria do assoalho pélvico nestes dois pontos definidos de avaliação. Resultados: Das 110 gestantes incluídas no estudo, 100 completaram o seguimento com 34-40 semanas de gestação. O grupo DMG teve uma porcentagem significativamente menor de mudança em relação ao grupo controle, no período de 24-30 para 34-40 semanas de gestação, na biometria da área hiatal (β = -6,76; P = 0,020), diâmetro anteroposterior (β = -5,07; P = 0,019) e da espessura do músculo levantador do ânus (β = -12,34; P = 0,005). Conclusões: As gestantes com o DMG tiveram uma porcentagem significativamente menor de mudança na progressão esperada da biometria do assoalho pélvico de 24-30 para 34-40 semanas de gestação. Os resultados indicam a ocorrência de mudanças anormais na biometria do assoalho pélvico avaliada pela ultrassonografia 3D em gestantes com DMG, que podem estar associadas a lesões e disfunções do assoalho pélvico.