Previsão em bacias não monitoradas: reflexos da iniciativa da Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (IAHS) na comunidade hidrológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Reginaldo Braz dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254326
Resumo: O conhecimento hidrológico é construído por evidências trazidas por informações geradas a partir de dados. A coleta, armazenamento e disponibilização de dados gerados por diferentes instituições ainda é um desafio que vem se tentando transpor desde a promulgação da Lei 9.433/97 que estabelece o Sistema de Informações de Recursos Hídricos como instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos. Entretanto, a periodicidade na manutenção de equipamentos e escassez de equipes técnicas de campo faz com que sejam necessárias outras formas de realizar predições em locais sem dados disponíveis. Esse problema não é exclusivo do Brasil ou mesmo de países de dimensões continentais. Nesse sentido, a Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (IAHS) lançou em 2002 a iniciativa de uma década de estudos em previsões em bacias não monitoradas (PUB – Prediction in Undergauged Basins). Essa iniciativa foi lançada como objetivo de formular e implementar programas científicos apropriados para engajar e estimular a comunidade científica, de forma coordenada, a alcançar grandes avanços na capacidade de fazer previsão em bacias não monitoradas. O programa científico da AIHS se concentrou na estimativa da incerteza preditiva, e sua redução posterior, como seu tema central. O objetivo deste trabalho é mostrar os impactos dessa iniciativa junto à comunidade hidrológica. Para isso realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática, cujos resultados obtidos e os são discutidos no sentido de como essas ideias foram assimiladas pela sociedade, principalmente no Brasil. Foram encontrados 648 artigos em periódicos dedicados ao tema, utilizando 5 estratégias de busca e classificação, nas 6 bases de dados mais relevantes ao tema, verificando-se uma maior incidência nos Estados Unidos, China, Canadá. Verificou-se uma maior presença de estudos no Hemisfério Norte. Dessa forma, acredita-se que a iniciativa PUB teve um grande alcance, porém ainda limitado no Hemisfério Sul. A iniciativa PUB também gerou um impacto positivo desencadeando novas iniciativas como as décadas denominadas Panta Rhei e HELPING que foram propostas a seguir e ainda estão em curso, respectivamente.