Autoeficácia de professores de estudantes com transtornos do espectro autista do ensino fundamental II e médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bispo, Solange
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243499
Resumo: Considerando a importância de discussões a respeito da inclusão escolar de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o trabalho docente nas escolas, a presente pesquisa tem como objetivo geral identificar a Autoeficácia e a percepção de professores sobre sua formação e atuação com estudantes com TEA no Ensino Fundamental, Anos Finais e no Ensino Médio da Rede Pública Estadual de Ensino. Como objetivos específicos, pretende-se caracterizar os professores em unidades escolares pertencentes a Diretoria de Ensino de uma cidade do interior paulista, analisar a percepção desses professores a respeito dos comportamentos e inclusão do estudante com TEA; identificar, segundo a percepção dos professores, quais os domínios teóricos e práticos que atendem às especificidades do estudante com TEA. Participaram da pesquisa professores que atuam no Ensino Fundamental, Anos Finais e no Ensino Médio. A coleta de dados foi realizada virtualmente e participaram deste estudo 110 professores. Os instrumentos utilizados foram: Questionário “Percepção dos professores sobre a formação e atuação com estudantes com Transtorno do Espectro Autista”, e a Escala de Avaliação de Autoeficácia de Professores com Autismo (Autism Self-Efficacy Scale For Teachers – ASSET). Estes foram encaminhados aos participantes pelo Google Forms. Dos 110 participantes da pesquisa, 36,4 % disseram nunca ter atuado com estudante com TEA e 63,8% dos participantes disseram que já atuaram com estudantes com TEA ao longo de suas carreiras. Em relação a formação para atender as especificidades do estudante com TEA, 95,5% dos professores consideraram necessário ter formação específica na área. Apenas 24,5% dos participantes acreditam que sua formação inicial contribuí para o trabalho com o estudante com TEA. Os resultados apontaram que 59,1, % dos professores já trabalharam com estudantes com TEA e compreendem que as formações contribuem para o trabalho realizado com esse público. 54,5% dos professores relatam que buscam formações necessárias na área do TEA, mas os dados apontam que apenas 8,1% desses professores possuem formação na área específica do TEA. Os docentes apontaram que as experiências com os estudantes com TEA foram muito desafiadoras, pois além das lacunas formativas, encontraram dificuldades com os familiares, falta de apoio no contexto escolar e número excessivo de alunos na sala de aula. As experiências prévias e o tempo de atuação docente foram variáveis importantes relacionadas à Autoeficácia na presente pesquisa. Os resultados identificam também que, em relação a autoeficácia, 21,8% dos professores se sentem preparados para atuar com o estudante com TEA, enquanto 26,6% não se sentem preparados e 54,5% se sentem parcialmente preparados, dados que indicam a necessidade de estabelecer ações no contexto escolar a fim de apoiar as experiências do professor com o estudante com TEA. Conclui-se que existe a necessidade de políticas públicas direcionadas para melhorias na estrutura física e humana das escolas e investimentos na formação de professores da Educação Básica, a fim de que estes enfrentem os desafios em relação à inclusão de estudantes com TEA e garantam a eles acesso ao currículo.