Transtorno do espectro autista: as percepções dos pares em sala de aula

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Cruz, Larissa Soares da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Educação especial; Transtorno do Espectro Autista; Pares; Interações sociais; Special education; Autistic Spectrum Disorder; Peer; Social interactions
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204832

Este estudo objetivou identificar por meio da percepção dos pares, o entendimento destes acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA), observar as interações sociais ocorridas entre os pares, professores e o aluno com TEA em ambiente escolar e quais adaptações foram necessárias realizar por parte da escola no processo de inclusão escolar do aluno com TEA. Pesquisa qualitativa de cunho exploratório e descritivo, realizada em uma escola de Ensino Fundamental I em um pequeno município do Centro-oeste Paulista com alunos e professores de uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental, dentre eles um aluno com TEA. A coleta de dados foi realizada durante os meses fevereiro e março de 2020, por meio de entrevistas semiestruturadas com os alunos pares e observações das interações sociais. Os dados observados foram registrados em um diário de campo. Para análise das entrevistas utilizamos a técnica de análise de conteúdo. Os resultados revelaram que os pares entrevistados mostraram ter conhecimento sobre o diagnóstico do colega com TEA, entretanto pouco conhecem sobre as características do transtorno. Sobre as percepções acerca do TEA, alguns entrevistados entendem o transtorno como uma definição que lhes foi apresentada por alguém (professores ou familiares), enquanto outros apresentaram percepções baseadas em suas próprias vivências ou observações feitas em relação ao colega com TEA. Em relação às observações das interações sociais, foi possível perceber que o aluno com TEA apresentou dificuldades em iniciar ou manter a comunicação com o outro, e que a maioria das interações era iniciada pelos pares ou professores. Quanto as adaptações realizadas pela escola com relação a presença do aluno com TEA, verificou-se que a escola realizou algumas ações de flexibilização, como as adaptações aos horários de entrada e saída do aluno, que se mantiveram mesmo quando o aluno já estava integrado e não necessitava mais de tal estratégia para adaptação, outra adaptação foi o acompanhamento em tempo integral pela professora especializada em Educação Especial. A partir dos resultados coletados nas entrevistas e observações do aluno com TEA e seus pares, foi elaborada uma história em quadrinhos (HQ) informativa como produto educacional desta dissertação, que aborda informações importantes sobre o TEA, possibilitando que os leitores tenham acesso e conhecimento sobre as características e especificidades deste transtorno. Este produto educacional é uma ferramenta que pode ser utilizada pelos próprios alunos e/ou professores de diversas formas em sala de aula, favorecendo as discussões e reflexões sobre a temática da inclusão escolar de alunos com TEA.