Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Falquete, Solange Labbonia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/99103
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é estudar como a manipulação do tempo e do espaço na narrativa contribui para a construção do efeito fantástico e para o questionamento do que é realidade em três contos do autor argentino Julio Cortázar (1914-1984): A noite de barriga para cima (1971), Todos os fogos o fogo (1975) e A porta incomunicável (1971). Em cada texto há dois espaços e dois tempos (passado e presente), um representando a realidade e outro, a ficção. No primeiro conto, temos duas narrativas independentes uma da outra, apesar de terem alguns pontos em comum. No final do conto, há uma inversão do que se acreditava ser a representação da realidade para o que se acreditava ser a representação da ficção, por meio de um deslocamento do tempo. O presente do leitor é transformado em um mundo absurdo para o personagem. No conto Todos os fogos o fogo, também podemos delimitar duas narrativas autônomas, constantemente intercaladas. Elas mantêm uma relação de analogias e isso proporciona uma sensação de simultaneidade, como se existissem dois mundos paralelos, ou seja, como se o passado e o presente, ambientados em dois espaços completamente distintos, estivessem acontecendo ao mesmo tempo. Portanto, os limites entre realidade e ficção vão atenuando-se mais, pois não se sabe qual dos ambientes representa uma ou outra. Já no conto A porta incomunicável, os dois tempos estão justapostos em um mesmo espaço e o insólito surge no ambiente normal do personagem. Os dois primeiros contos estão mais próximos do que Jaime Alazraki (1994) chama de literatura neofantástica, enquanto o último conto se aproxima mais da estética da literatura fantástica tradicional, explicada por Todorov (2003). Implicitamente, nos três textos as realidades representadas são deturpadas, causando com isto estranhamento no leitor. |