[pt] OS GESTOS DO DESEJO: JOGO, ASPIRAÇÃO, MODERNIDADE E FORMA NOS CONTOS DE JULIO CORTÁZAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: GUSTAVO NAVES FRANCO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=7744&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=7744&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.7744
Resumo: [pt] Trata-se de uma análise das narrativas curtas do escritor argentino Julio Cortázar (1914-1984), como alternativas à criação literária diante de determinados impasses colocados pelo mundo moderno. Pressupondo a dificuldade de delimitação da experiência em inícios e fins - ou seja, da representação dos propósitos finais das ações humanas -, num primeiro momento os contos de Cortázar surgem como totalidades cerradas que proporcionam o alcance de uma meta no território do jogo. O que se dá em um gesto contundente e preciso: um nocaute, uma estocada, um assassinato. Tais configurações, porém, são incapazes de satisfazer plenamente o desejo de unidade que alimentam; e assim são enfocados, numa segunda etapa, relatos que reconhecem a impossibilidade de cessação da vontade, manifestando uma cisão interna do discurso, mas ainda assim seguem em busca da criação de formas como espaço do diálogo e tentativa de um contato. Inscritos sobre as superfícies móveis do mundo moderno, estes contos trabalhariam cuidadosamente a matéria informe da linguagem para que, em gestos sutis, às vezes hesitantes - um olhar, um toque, um traço - manifeste-se a procura de um encontro e uma fugaz iminência de sentido.