Qualidade do parasitoide Cotesia flavipes Cameron, 1891 (Hymenoptera: Braconidae) produzido por biofábricas de diferentes regiões do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Rafael Ferreira dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157433
Resumo: O Brasil é considerado o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo e por utilizar grandes áreas de cultivo várias pragas atacam a cultura, entre elas larvas de lepidópteros, particularmente da família Crambidae, sendo que o maior prejuízo econômico é causado por Diatraea saccharalis, popularmente conhecida como broca-da-cana. O controle químico é de baixa eficiência contra essa praga, devido ao hábito “broqueador” das lagartas, por isso, a alternativa de controle, para essa praga, é o uso do parasitoide Cotesia flavipes. A criação desse inseto em laboratório foi aprimorada ao longo dos anos, com início nos anos de 1970, existindo atualmente no Brasil, várias biofábricas e laboratórios de usinas açucareiras que produzem massalmente esses parasitoides. Apesar de serem produzidos em grandes quantidades, não existe um protocolo para o controle de qualidade do material produzido, ou quando existe normalmente é incipiente, resultando, muitas vezes, em insetos com baixa qualidade ou que não são capazes de efetuar seu papel de controlador biológico, bem como lotes com diferentes características tanto morfológicas como biológicas. Nesse sentido, presente estudo buscou comparar a qualidade de C. flavipes de diferentes regiões do Brasil, avaliando-se as características biológicas e morfológicas, parasitismo em campo, além da realização de análise molecular comparando as sequências da região do DNA mitocondrial, “Citochrome C Oxidase subunit I”, dos insetos produzidos no Brasil, com exemplares coletados no Paquistão. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que: os insetos das biofábricas de Campo Novo do Parecis-MT, Quirinópolis-GO, Coruripe-AL e Promissão-SP apresentam diferenças morfológicas; os insetos das biofábricas de MT, GO, AL e SP são biologicamente diferentes; os lotes produzidos nas biofábricas não são uniformes; volume do tórax (comprimento e largura) e largura das asas anteriores direitas dos machos são parâmetros morfológicos que discriminam os insetos das biofábricas; período desde a oviposição até a emergência dos adultos, período pupal, viabilidade de pupas, longevidade de adultos e número de insetos voadores são parâmetros biológicos que discriminam os insetos das biofábricas; a dispersão do parasitismo chega a 35 metros para os insetos das diferentes biofábricas, porém eficientemente apenas até 25 ou 30 metros do ponto de liberação; a direção do vento se mostrou inconsistente quanto à dispersão do parasitismo para os insetos das biofábricas de MT, GO, AL e SP; os insetos das biofábricas de MT, GO, AL e SP têm 100% de similaridade genética com os insetos coletados em Islamabad-Paquistão.