Educação zapatista como utopia concreta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Bruno Perozzi da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204081
Resumo: Este trabalho busca compreender, a partir de uma proposta teórico-analítica, a experiência educacional colocada em prática pelo movimento zapatista, no México. A primeira parte desta tese apresenta as teorias utilizadas para as análises (contextuais e do objeto), ou seja, a filosofia da práxis de Bloch, a teoria crítica da sociedade e o materialismo-histórico. Já na segunda parte, realiza-se uma interpretação da história das tensões e transformações na América Latina, a partir da perspectiva da filosofia da história de Walter Benjamin e tendo como fio condutor o conceito de utopia. Ainda na interpretação histórica, apresenta-se as origens e raízes do movimento zapatista, tanto no período anterior ao levante de 1994, quanto no que o sucedeu. Posteriormente realiza-se uma análise da construção da autonomia política, territorial e educacional pelos zapatistas, no confronto com a realidade mexicana e com as contradições internas do próprio movimento. Essa análise se fez a partir dos discursos zapatistas, disponíveis em sites ligados ao movimento, e pela análise de textos de autores que realizaram pesquisas teórico-empíricas sobre o movimento zapatista. Propõe-se a aproximação entre a construção da autonomia e o conceito de utopia concreta de Bloch, que é retomado na última parte do trabalho, para a apresentação da experiência educacional zapatista, interpretada a partir das utopias educacionais de Paulo Freire e Iván Illich, visando demonstrar que as práticas dos zapatistas na construção da educação autônoma concretizam, em parte, a proposição freireana de libertação e illichiana de convivencialidade.