Meninas encarceradas: uma análise do processo socioeducativo a partir do olhar das adolescentes em privação de liberdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Gabriela Marques Santana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239759
Resumo: A dissertação teve como proposta fomentar reflexões sobre meninas mulheres privadas da liberdade, em cumprimento de medida socioeducativa no estado de São Paulo, mais especificamente em uma Unidade Feminina localizada no interior do Estado de São Paulo, propiciando repensar as estruturas e práticas direcionadas para as adolescentes e diversidades institucionalizadas. O interesse em focalizar a pesquisa nesta vertente surgiu ao observar poucas produções científicas que privilegiam as histórias e memórias das meninas mulheres em situação de institucionalização, observando também que a maioria dos estudos são voltados para os meninos homens em situação de conflito com a lei. Neste passo, percebemos a invisibilidade das meninas mulheres nos espaços acadêmicos. A execução do estudo, portanto, ocorreu por julgar necessária as discussões sobre as políticas, práticas e medidas sociais direcionadas para o corpo da adolescente. Para que fosse possível seguir caminhando com a pesquisa, o objetivo geral delimitado se baseou em analisar e/ou interpretar sobre a temática adolescência e encarceramento na perspectiva socioeducativa e, ainda, compreender o processo social e educacional desenvolvido no centro socioeducativo feminino “Paula Campos”, verificando a partir da memória das adolescentes como acontece a formação escolar e pessoal no espaço institucional cerceado. Foi utilizado como base o conceito de contingenciafro, com o apoio em Skinner e como instrumentos metodológicos levantamentos dos dados e análises bibliográficas sobre a temática adolescência institucionalizada e relações étnico raciais. Desse modo, o estudo de base qualitativa apoiou-se na técnica do uso do questionário estruturado online com perguntas abertas e fechadas, contando com o protagonismo de nove adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. A pesquisa se estabeleceu como uma possibilidade de pensar para além do corpo masculino institucionalizado, bem como para impulsionar as produções sobre meninas mulheres, considerando que elas são invisibilizadas, invalidadas e invadidas no contexto brasileiro.