Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pongeluppe, Maria Angélica Brizolari [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144311
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Resumo: |
As crianças, cada vez mais precocemente, são apresentadas aos diferentes recursos midiáticos e, através deles, vão adentrando num atraente mundo que lhes oferece um sem número de possibilidades de entretenimento. Realizada numa escola pública de educação infantil de um bairro periférico da cidade de Araraquara – SP, a presente pesquisa objetivou levantar a exposição das crianças de cinco/seis anos a tais recursos, quais reflexos esta exposição pode gerar no tocante à sexualidade desvelando as percepções da docente acerca dessas manifestações. Com âncora nas discussões provenientes dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais, numa perspectiva pós-estruturalista de análise, foi possível compreender, de forma mais ampla, o quanto as crianças dessa faixa etária estão submersas em tecnologias, como aparelhos de televisão e celulares com acesso à Internet, em detrimento de outros tipos de atividades, com a anuência dos pais. A partir da compreensão de que a linguagem é o centro para a significação do mundo, consideramos a perspectiva foucaultiana para a análise do trabalho. Para tanto, fizemos usos de elementos da etnografia para a coleta de dados – etnografia de tela, observação, entrevista e análise documental - e assim, foi possível constatar que os diferentes artefatos culturais, destinados ao público estudado, veiculados pela mídia, apesar de aparentemente inocentes, não são neutros em suas mensagens. São, de fato, cuidadosamente preparados de modo a imprimir nos/as pequenos/as comportamentos, falas e atitudes que os/as ensinam, de forma eficaz, a como serem homens e mulheres. Mensagens de cunho sexista, como estratégias de governamento, reforçam estereótipos de masculinidades e feminilidades que são incorporadas e foram externadas pela voz das crianças em diferentes momentos da presente pesquisa. Ficou evidente, no depoimento da professora, ao final deste trabalho, sua preocupação maior em observar as mensagens veiculadas pela mídia, antes não notadas por ela em suas particularidades, e sua mudança de concepção sobre o conceito de sexualidade e de educação sexual após participar da pesquisa. As análises da entrevista com citada profissional permitiram averiguar que, embora os/as educadores tenham dificuldades em tratar de questões ligadas à sexualidade dos/as alunos/as, as discussões sobre a temática ocorrem apenas em momentos de conversas informais entre eles/as, e não nos horários destinados à formação continuada. |