Da imprensa periódica aos livros: o boom do conto brasileiro entre as décadas de 1950 e 1970

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Valentin, Leandro Henrique Aparecido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193989
Resumo: O presente trabalho apresenta um estudo de caráter extensivo da reescrita de contos de Dalton Trevisan, Lygia Fagundes Telles, Breno Accioly e Clarice Lispector, com o objetivo de compreender como o processo de reescrita, na passagem de contos de jornais e revistas para o livro, flagra a consolidação do conto brasileiro entre as décadas de 1950 e 1970. O trabalho defende a ideia de que a reescrita de tais contistas representativos consiste, em sua grande maioria, num aprimoramento de propriedades caras ao conto moderno em meio a um processo de ascensão e consolidação desse gênero ficcional no contexto de modernização brasileira. Nesse sentido, aspectos da transição do Brasil para uma sociedade urbana e industrial em meados do século XX, sobretudo a modernização do jornalismo e o desenvolvimento do mercado editorial do livro no país, foram fundamentais para a configuração do conto moderno brasileiro. Partindo de uma aproximação do “método da pragmática textual histórica sobre textos do próprio autor”, de Hans Ulrich Gumbrecht (2002), que organiza sua macroestrutura, o trabalho analisa a reescrita dos contos mobilizando aspectos da teoria do conto desde os postulados de Edgar Allan Poe e operadores diversos de leitura da narrativa. O trabalho conclui que o boom do conto moderno brasileiro dos anos 1950-1970 esteve intrinsecamente vinculado a processos de modernização mais amplos do país, consolidando-se junto à modernização epistemológica (GUMBRECHT, 1998) do Brasil no mesmo período.