Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Andréa de Matos
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Orientador(a): |
Mathias, Érika Kelmer
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Banca de defesa: |
Dias, Ana Crelia Penha
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Magalhães, Tânia Guedes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7011
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Resumo: |
É comum ouvir hoje, ao se abordarem questões de leitura e produção textual na sala de aula de Ensino Fundamental, que o aluno deve ter contato com um leque variado de textos, para que possa ampliar seus conhecimentos sobre a língua, utilizando-a de forma a atingir os objetivos desejados. Neste sentido, é indispensável que se explorem os mais diversos gêneros textuais, independentemente de que tipologia textual nele predomine. Contudo, pelo menos na minha prática, percebo uma tendência em se privilegiar, sobretudo com o trabalho de escrita, quando focamos texto de opinião, diálogo argumentativo, resenha crítica, dentre outros que têm o tipo textual predominantemente dissertativo-argumentativo. Outro fato que sempre me chamou atenção enquanto professora do Ensino Fundamental II, é que as narrativas que envolvem a perspectiva investigativa, tais como as narrativas policiais, agradam aos alunos bastante. Em geral, eles vivenciam essas narrativas em filmes e, em sua grande maioria, em séries, como Dexter e 24 horas, por exemplo. Nesse sentido, concebemos a seguinte hipótese investigativa: tendo em vista que uma das principais características das narrativas policiais é a sustentação do raciocínio lógico o qual implica, justamente, a ordenação do pensamento sequenciado (em variações conforme o autor), em que sentido um trabalho sistematizado de leitura e escrita dentro desse gênero narrativo implicaria a ampliação de repertório de alunos, ou seja, permitiria a eles se apropriarem de aspectos dessa leitura e, sobretudo, escrita? Partindo da prática de leitura em suspense1, a pesquisa desse projeto centrou-se, principalmente, em tentar conceber uma estratégia de escrita que permitisse não somente aos alunos experimentarem o processo de escrita com menos rejeição (como ocorre comumente) como também, ampliarem seu repertório no que diz respeito ao gênero estudado, sobretudo porque essa a questão do raciocínio lógico perpassa vários outros gêneros textuais. Trabalhamos com uma turma de 9o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública no município de Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, que permita aos alunos ampliarem seu repertório no que concerne à leitura de narrativa policial. Elegemos como autor literário para a pesquisa a escritora Agatha Christie, particularmente com um conto em que o investigador é o clássico detetive Hercule Poirot. Apoiamo-nos, teoricamente, nas teorias do letramento (SOARES), particularmente do letramento literário (AGUIAR e COSSON), na teoria do efeito estético (ISER), de leitura compartilhada (COLOMER), mediação (PETIT) e nas concepções de narrativas policiais de Todorov. Temos como metodologia a pesquisa-ação, visto não somente o caráter interventivo da pesquisa como também a participação efetiva do professor pesquisador em sala de aula. |