A Geografia é uma forma de pensar: padrões espaciais e epidemiológicos da leishmaniose visceral em Araçatuba, Presidente Prudente e Votuporanga – SP, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Matsumoto, Patricia Sayuri Silvestre [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182323
Resumo: Na presente tese desenvolvemos um modo de pensar geográfico a respeito da leishmaniose visceral (LV), uma doença com grande relevância mundial que afeta seres humanos e animais. Para isso, discutimos a LV no Brasil enquanto um problema de saúde pública a partir da distribuição de casos no Planalto Ocidental Paulista. O objetivo desta tese é definir e analisar os padrões espaciais e epidemiológicos da LV na escala regional e local, tendo como recorte empírico os municípios de Araçatuba, Presidente Prudente e Votuporanga, no estado de São Paulo, Brasil. Partimos da leitura da paisagem epidemiológica da LV e da descrição da narrativa geográfica dos serviços de saúde para a elaboração de um raciocínio geográfico de maior complexidade, com base em diferentes conceitos da Geografia, tais como: paisagem, espaço, sítio-situação e escala. Utilizamos a análise espacial, com ferramentas dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e modelagem espacial, os quais permitiram delinear dois padrões distintos da LV no estado de São Paulo: a região do Planalto Ocidental Paulista e a região Inerte, onde a primeira possui maior intensidade de casos da doença e é definida, inicialmente, por variáveis ambientais, embora ações humanas influenciem em sua dispersão. Na escala local, variáveis socioeconômicas, modos de viver a vida, políticas de saúde e características ambientais definem e são definidas no espaço, estabelecendo um padrão periférico dos casos da doença nas cidades. Os resultados apontam que a LV precisa ser compreendida além do espaço geométrico da modelagem espacial, uma vez que é um fenômeno cuja a dimensão espacial é intrínseca à sua existência social.